O artigo fala sobre a importância de se empenhar na luta para ser um v
10 de outubro de 1997, 23h00
VENCER NA VIDA.
O que é vencer na vida?
É ser dono dos pensamentos?
É eleger os melhores pensamentos e optar por eles?
É aprender a pensar e pensar bem, conscientemente?
É me ajudar para que Deus me ajude? Lembrando aquela máxima antiga referida por González Pecotche que diz: “Ayúdate y Dios te ayudará!…”.
É sentir dentro de mim a eternidade?
É permitir que o espírito guie o ser físico?
É não desmaiar diante das dificuldades?
É considerar a vida como a soma de todos os valores e significados que encerra?
“El error más grave que se comete, y con suma frecuencia, es el de considerar la vida segun sus situaciones y no como la suma de todos los valores y significados que encierra. Así, por exemplo, en la vida de los seres alternan las circunstância fáciles y difíciles, plácidas y tristes, más ninguna de ellas constituye la vida misma, la que se vive a través de sus multiplas variaciones y aspectos, la que se realiza pese a todos los contrastes, contratiempos y luchas de la vida diária.” (González Pecotche, Pensador Latino Americano, Autor da LOGOSOFIA).
É tornar doce o sabor da luta, quando ela me for amarga, fazendo dessa luta um ensinamento?
É extrair de cada fracasso o elemento que me faltou para vencer?
É suavizar as lutas quando elas forem duras, não me tornando pessimista e nem deixando que meu vigor decaia? O pessimismo e a decepção levam ao decaimento, “estado tão absurdo como o da credulidade”.
O pessimista “demonstra que é incapaz de enfrentar as situações tal como se apresentam, e que não tem remota noção do que é a vida nas múltiplas variações de sua complicada configuração física, psicológica e espiritual”.
É fazer bom uso dos tempos bons, lembrando que os maus tempos costumam ser uma consequência do mau uso que se fez dos tempos bons?
É não colocar a vida dentro dos problemas?
É não fugir da luta, pois ela é a que determina a oportunidade de vencer?
É unir ao esforço a inteligência?
É deixar de ser o que sou, para ser o que aspiro ser?
É realizar o processo de evolução consciente, lembrando que ele é o caminho do reencontro do ser com o seu espírito?
É estar sempre revendo os conceitos para que não se transformem em preconceitos ? (imagem da janelinha do trem que ao se manter fechada, impede que o viajante veja a paisagem que passa).
É não teorizar com a experiência? Teorizar com a experiência, logosoficamente, é não haver recolhido dela nenhum ensinamento.
“É necessário para deixar de teorizar, há que concretizar o ensinamento dentro e fora de si mesmo. Dentro para o exemplo, para o fomento dos estímulos internos, para o acervo de energias e externo para trabalhar inteligentemente em cada circunstância.”
É saber esperar?
É não incomodar e não se sentir incomodado?
É não cair na inércia mental? Inércia mental significa, falta de atividade; falta de domínio; ausência de responsabilidade e paralisação dos recursos da inteligência.
É corrigir as deficiências até eliminá-las e criar as virtudes se não as tenho?
VENCER NA VIDA SEM FAZER FORÇA, eis um dito popular derrubado por todo aquele que está aprendendo a pensar, a exemplo de outros tantos, como “Querer é Poder”, “Que Deus te ajude”, “A esperança é a última que morre” , porque o ESFORÇO, o EMPENHO e a CONSTÂNCIA são fatores volitivos que devem reger e promover todas as criações da inteligência.
As leis que regem os processos da vida universal determinam para cada obra que deve cumprir uma função universal, períodos de iniciação, evolução e aperfeiçoamento, nos quais se graduam etapas que no desenvolvimento dos acontecimentos humanos se caracterizam por trechos intensivos, de grandes esforços ou viris entusiasmos.
Outras etapas se particularizam por sua passividade, tendentes a conservar a distância alcançada desde o ponto de partida com sua sequela de benefícios obtidos. Nessas surgem o pessimismo e a decepção.
Existem também etapas nas que de novo florece o entusiasmo e o espírito se enche de renovadas energias, ao igual que a Natureza quando a primavera renova a seiva das árvores e veste de flores as plantas que permaneceram murchas durante o inverno, aparentemente inertes, esperando o sopro fertilizante da estação.
Belo Horizonte, 11 de outubro de 1997.
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas
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