Profissão de destemidos

Marco Aurélio elogia trabalho de advogados de Michel Temer e Rocha Loures

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21 de setembro de 2017, 18h38

Os advogados devem atuar com coragem e sem medo de desagradar a quem quer que seja, porque o que se condena na advocacia é a apatia, afirmou o ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal, nesta quinta-feira (21/9). O vice-decano do STF elogiou o trabalho dos advogados Antonio Claudio Mariz de Oliveira e Cezar Bitencourt, que defendem, respectivamente, o presidente Michel Temer e o deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR).

Gervásio Baptista/SCO/STF
O que se condena na advocacia é a apatia, afirmou o ministro Marco Aurélio.

Em sessão de julgamento, o ministro disse que já cumprimentou pessoalmente os profissionais e enalteceu a dedicação deles ao defender seus clientes. Marco Aurélio fez as considerações antes de apresentar seu voto contra pedido feito por Temer, que buscava suspender o andamento de denúncia apresentada contra ele pela Procuradoria-Geral da República até a conclusão de investigação sobre supostas irregularidades no acordo de delação premiada celebrado por executivos da JBS.

Antes disso, Marco Aurélio fez outro registro. Disse que ficou de “alma lavada” ao ler artigo publicado no O Globo, assinado por Joaquim Falcão, ex-conselheiro do Conselho Nacional de Justiça. O texto, segundo o ministro,  tirou da TV Justiça a responsabilidade pela demora nos julgamentos. Entusiasta do canal, Marco Aurélio sancionou a lei que criou a TV Justiça quando era presidente do Supremo e assumiu interinamente a Presidência da República, substituindo Fernando Henrique Cardoso, que estava em viagem.

Falcão diz: “O culpado por sessões intermináveis não é a TV Justiça. É o modo como os ministros usam a TV Justiça e estruturam seus votos". Na opinião de Marco Aurélio, a falta de equilíbrio entre celeridade e conteúdo nos votos impede que a corte julgue mais processos.

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