Pagamento de anuidade

Eleição na OAB-AL tem acusação de compra de votos

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14 de novembro de 2012, 18h07

O conselheiro federal e candidato à presidência da seccional alagoana da Ordem dos Advogados do Brasil, Welton Roberto, entregou à polícia, nesta quarta-feira (14/11), a gravação de uma suposta reunião que comprovaria o que classificou como "esquema criminoso de compra de votos" por parte do sua concorrente nas eleições Rachel Cabús. As informações são do portal TNH1.

Roberto diz que o esquema funcionaria com o pagamento de anuidade de advogados inadimplentes para que pudessem votar na chapa de Rachel.

Segundo o portal, o áudio da gravação apresentada por Welton Roberto à Polícia Federal mostra a negociação do pagamento de anuidades para os advogados que votarem na chapa encabeçada por Rachel Cabús e Paulo Brêda, respectivamente candidatos à presidente e vice da Ordem, apoiados pela atual gestão. As vozes seriam dos próprios candidatos e do atual presidente da OAB, Omar Coelho, além do procurador-geral do Estado, Marcelo Teixeira e do desembargador eleitoral Fernando Maciel.

No trecho inicial do áudio, a voz que seria de Omar Coelho, segundo o portal, afirma que numa campanha “normal” se gastaria em torno de R$ 300 mil, mas o que iria encarecer seria o pagamento de anuidades, contribuição que todos os advogados associados à OAB precisam pagar. 

Ao entregar a gravação à PF, Roberto pediu a abertura de um inquérito policial para investigar a denúncia. O conselheiro também deve pedir a intervenção do Conselho Federal da OAB nacional na seccional de Alagoas e o afastamento imediato de Omar Coelho da presidência, além da impugnação da candidatura de Rachel Cabús. De acordo com o portal TNH1, Welton Roberto vai pedir a abertura de procedimento com relação aos conselheiros citados na gravação.

Welton Roberto diz que, pelas datas citadas no áudio, a reunião teria acontecido dia 16 de agosto, quando Omar Coelho, Rachel Cabús, Marcelo Teixeira, Fernando Maciel e outros participantes da chapa de Cabús teriam se reunido para definir como comprariam os votos de advogados nas eleições da Ordem. 

Em seu perfil no Twitter, o presidente da OAB-AL, Omar Coelho, afirmou que não ter nada a temer e que solicitou, em caráter de urgência, a vinda da controladoria da OAB para Alagoas. “Conversar e expor as idéias não é crime e o que foi tratado não foi levado a efeito. A gravação não é completa. [O] crime é por escuta sem autorização”, disse no microblog.</scrip</style</style</style</style</style

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