Mais facilidade

Vidigal defende uso da videoconferência em depoimentos de presos

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5 de fevereiro de 2004, 12h15

O vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça, Edson Vidigal, defendeu o uso de videoconferência no depoimento de presos durante o processo. Para ele, o Poder Judiciário não faz o uso adequado da informática dentro de suas próprias fronteiras, entre suas próprias repartições, apesar de toda modernização desses recursos tecnológicos.

Vidigal analisou: “O engraçado é que aqui no Brasil tem muita gente reagindo porque alguns juízes querem que o interrogatório de presos seja feito na sua presença, com o detento sendo levado de carro, em meio ao trânsito congestionado, sem tanta segurança e sujeito a ser arrebatado por um dos grupos criminosos a favor ou contra ele. Isso sem falar no dinheiro que se gasta, no tempo que se perde ou na morosidade do processo”.

O ministro frisou que “isso tudo poderia ser feito através de videoconferência, com o juiz no foro e o preso na penitenciária”. Vidigal não admite o argumento de que, com a videoconferência, o preso possa estar respondendo sob coação.

“Há sempre alguém operando a câmera e o depoimento pode ser acompanhado por um defensor público lotado no presídio. O que se quer é não mudar o Poder Judiciário, que tudo continue como está, essa mesma malemolência, esse mesmo retardo, esse atraso mental, esse país na miséria, com suas instituições enfraquecidas. E quando se enfraquece uma instituição democrática, o que se quer é tirar proveito, ganhar dinheiro de forma escusa”, finalizou. (STJ)

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