Debate necessário

OIT enfatiza justiça social na 111ª Conferência Internacional do Trabalho

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5 de junho de 2023, 21h09

Nesta segunda-feira (5/6), teve início a 111ª Conferência Internacional do Trabalho (CIT), promovida pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) em Genebra, na Suíça. Contando com representantes de governos, empregadores e trabalhadores de 187 países, o evento colocará em discussão até o próximo dia 16 os temas mais relevantes da atualidade no mundo do trabalho, com destaque para a busca por justiça social.

OIT
Promovida em Genebra,
111ª CIT vai até o próximo dia 16
OIT

Entre os temas a serem debatidos na conferência estarão os seguintes: normas para um aprendizado de qualidade; o objetivo estratégico da proteção ao trabalhador; a transição justa para as novas tecnologias do trabalho, sem deixar de lado a busca pela sustentabilidade; a proposta de convênio e recomendação sobre a revisão parcial de 15 instrumentos internacionais de trabalho, sempre com prioridade para a segurança dos trabalhadores; e a busca pela igualdade entre mulheres e homens no ambiente laboral.

De acordo com o diretor-geral da OIT, Gilbert F. Houngbo, a ênfase nos avanços tecnológicos não pode soterrar a preocupação com o bem-estar dos trabalhadores mais pobres.

"Minha mensagem é simples: ninguém deve esconder a cabeça na areia", disse ele. "A quarta revolução industrial, que promete uma transformação radical dos métodos de produção, as mudanças demográficas e a imperiosa necessidade de descarbonizar a economia são oportunidades para um futuro melhor para todos, mas, ao mesmo tempo, quatro bilhões de pessoas carecem de proteção social e 214 milhões de trabalhadores ganham menos do que a linha da pobreza."

Segundo Houngbo, é preciso lançar uma coalizão mundial que reúna um grande leque de organizações internacionais e partes interessadas no combate à injustiça social.

"Essa coalizão teria como objetivo equilibrar as preocupações ambientais, econômicas e sociais no debate global, incluída aí a reforma da arquitetura financeira internacional. É preciso advogar pela coerência política e pelo investimento em proteção social e trabalho decente."

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