Crítica ácida

TSE nega pedido de veto a propaganda que chama Bolsonaro de 'tchutchuca'

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28 de setembro de 2022, 22h07

Por entender que a propaganda do Partido dos Trabalhadores em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) é chamado de "tchtchuca" não viola os limites estabelecidos pela legislação eleitoral, o ministro Paulo Sanseverino, do Tribunal Superior Eleitoral, negou pedido da campanha do presidente para retirar a peça petista do ar. A informação é do jornal O Globo.

Alan Santos/PR
Ministro do TSE apontou que publicidade questionada é ácida, mas não viola limites
Alan Santos/PR 

No mesmo vídeo, Bolsonaro também é chamado de "mau militar". A campanha do presidente à reeleição alegou que a propaganda ultrapassa os limites estabelecidos pela Justiça Eleitoral em relação à crítica negativa.

Para reforçar seu argumento, o PL afirmou que o vídeo apresenta uma série de adjetivações pejorativas, tais como "mau militar", "deputado omisso", "agressivo com as mulheres", "tchutchuca" e "presidente incompetente".

O ministro, entretanto, não acolheu os argumentos da campanha bolsonarista. "O início da inserção veicula interpretações críticas sobre o candidato representante sem desbordar dos limites legalmente estabelecidos, porquanto ancoradas em um conjunto de frases efetivamente ditas por ele e de matérias jornalísticas veiculadas na imprensa sobre sua atuação profissional ou sobre investigações acerca de seu patrimônio."

Por fim, o magistrado argumentou que as provas anexadas à inicial estão dentro do legítimo exercício de crítica, ainda que ácida e dura, sobre os posicionamentos políticos expressados pelo presidente ao longo de sua trajetória pública.

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