Golpistas enquadrados

Por ordem de Alexandre, PF prende suspeitos de praticar atos de vandalismo

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29 de dezembro de 2022, 9h21

Cumprindo uma ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, a Polícia Federal e a Polícia Civil do Distrito Federal começaram a prender bolsonaristas suspeitos de envolvimento nos atos de vandalismo praticados em Brasília no último dia 12. Ao todo, são cumpridos 32 mandados de prisão e de busca e apreensão em sete estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Rondônia, Pará, Mato Grosso, Tocantins e Ceará) e no Distrito Federal.

Reprodução/TV Globo
Extremistas queimaram ônibus
em Brasília no último dia 12
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Os crimes investigados são dano qualificado, incêndio majorado, associação criminosa, abolição violenta do Estado democrático de Direito e golpe de Estado, cujas penas máximas somadas atingem 34 anos de prisão.

Até a publicação deste texto, quatro suspeitos de envolvimento nos atos de vandalismo foram presos. Uma delas, Klio Damião Hirano, costuma fazer transmissões ao vivo nas redes sociais para conclamar outros bolsonaristas a agir para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No dia 12, ela convocou "patriotas" a participar das mobilizações. "Precisamos de você aqui", disse ela em vídeo gravado em frente ao Palácio do Alvorada.

Outro detido é o partor Átilla Mello. Ele se apresenta como “patrióta” e um vídeo do momento da prisão foi divulgado por sua esposa, a também bolsonarista Cari Mello nas redes sociais. No vídeo, ela pede ajuda dos golpistas. 

O também pastor Joel Pires Santana também foi detido. Natural de Rondônia, em seu perfil pessoal no Facebook, ele aparece com uma roupa semelhante à da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no acampamento golpista em Brasília.

Um dos suspeitos — que estava hospedado em um hotel de Brasília —, não foi encontrado e é considerado foragido. O nome dele não foi divulgado pela PF.

Os atos de vandalismo do dia 12 ocorreram após a prisão do indígena bolsonarista José Acácio Serere Xavante. Acusado dos crimes de ameaça, perseguição e abolição violenta do Estado democrático de Direito, ele participou de atos golpistas em frente ao Congresso, no Aeroporto de Brasília, no centro de compras Park Shopping, na Esplanada dos Ministérios e em frente a um hotel onde estavam hospedados Lula e o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin.

Depois da prisão do indígena, extremistas tentaram invadir a sede da Polícia Federal no Distrito Federal, depredaram a 5ª Delegacia de Polícia da capital do país e colocaram fogo em carros e ônibus.

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