Rescaldo da CPI

Alexandre prorroga inquérito contra Bolsonaro por falas sobre vacinação

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6 de abril de 2022, 21h48

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, prorrogou por mais 60 dias o inquérito aberto a pedido da CPI da Pandemia, do Senado Federal, para investigar declarações do presidente da República, Jair Bolsonaro, a respeito da Covid-19.

Fellipe Sampaio/STF
Alexandre de Moraes autorizou a PF a requisitar cópia de live feita por Bolsonaro
Fellipe Sampaio/STF

Na decisão, o ministro também autorizou a Polícia Federal a requisitar do Google Brasil cópia integral da transmissão ao vivo (live) realizada por Bolsonaro no YouTube em 21 de outubro do ano passado, por meio de link para acesso e download dos dados.

A empresa deverá fornecer a cópia em, no máximo, dez dias. O ministro considerou pertinente o pedido da PF, em razão da necessidade de preservar o conteúdo do pronunciamento objeto da investigação.

O inquérito foi instaurado a pedido da CPI, que, em seu relatório final, apontou a prática de crimes por Bolsonaro e afirmou que as condutas de propagação de notícias fraudulentas atribuídas a ele têm o mesmo modus operandi de esquemas de divulgação em massa nas redes sociais.

Milícias digitais
O ministro também prorrogou por mais 90 dias o inquérito (INQ 4874) que apura a existência de milícias digitais antidemocráticas. Na decisão, Alexandre levou em consideração a necessidade de prosseguimento das investigações e a existência de diligências em andamento.

O INQ 4874 foi instaurado a partir de indícios e provas da existência de uma organização criminosa, de forte atuação digital, que se articularia em núcleos político, de produção, de publicação e de financiamento, com a finalidade de atentar contra a democracia e o Estado de Direito no país. Com informações da assessoria de imprensa do STF.

Inq 4.888 (Covaxin)

Inq 4.877 (milícias digitais)

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