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Advogado nega que Kassio Marques tenha plagiado textos de sua autoria

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7 de outubro de 2020, 19h47

O advogado Saul Tourinho Leal negou nesta quarta-feira (7/10) que o desembargador Kassio Marques, do TRF-1, indicado do presidente Jair Bolsonaro à vaga de Celso de Mello no Supremo Tribunal Federal, tenha cometido plágio de textos de sua autoria.

Ascom/TRF1
O desembargador Kassio Marques foi indicado a uma vaga no Supremo
TRF-1

A suspeita foi levantada em reportagem publicada pelo jornal O Globo. De acordo com o periódico carioca, em sua dissertação de mestrado o desembargador copiou trechos de três artigos de Leal sobre o tema direito à saúde.

A reportagem do jornal apontou que diversos trechos da dissertação do desembargador são idênticos aos dos textos do advogado, inclusive compartilhando alguns erros de grafia, como uma referência à Namíbia em que o nome do país africano aparece grafado como "Naníbia".

O advogado, no entanto, divulgou uma nota em que diz que os trechos do texto de Kassio Marques que são semelhantes a seus artigos são resultado de uma colaboração entre eles.

"Os artigos acadêmicos citados na referida reportagem (do jornal O Globo) são frutos de debates, discussões e troca de informações acadêmicas que, em conjunto com o desembargador Kassio Marques, constituíram um acervo doutrinário comum para ser utilizado na produção acadêmica de ambos. Por isso, são infundadas as acusações feitas pela reportagem", afirmou o advogado.

Saul Tourinho Leal afirmou que o texto de Kassio Marques apresenta ideias próprias do desembargador, que, de acordo com ele, são diferentes das suas.

"No presente caso, as ideias expostas na dissertação do desembargador Kassio Marques são de sua autoria, até porque temos linhas doutrinárias absolutamente divergentes, guardando em comum tão somente parte do acervo pesquisado, fruto do esforço mútuo dos autores."

Em nota divulgada pela sua assessoria de imprensa, Kassio disse que "não há que se falar em plágio, pois são produções doutrinárias opostas".

Kassio Marques também foi acusado de ter incluído em seu currículo uma pós-graduação na Espanha que ele não fez. Ele afirma que o curso que frequentou no país europeu não era uma pós-graduação e que a controvérsia foi gerada por um erro de interpretação da publicação brasileira.

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