MP-RJ pede que acusados de matar Marielle sejam levados a júri popular
23 de janeiro de 2020, 19h37
O Ministério Público do Estado do Rio requereu à Justiça que o sargento da reserva da Polícia Militar Ronnie Lessa e o ex-policial Élcio Queiróz, acusados pelo assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol-RJ) e do motorista Anderson Gomes, sejam levados a júri popular.
A Promotoria também solicitou que ambos sejam separados em presídios federais distintos. Eles estão presos em Porto Velho (RO).
Em março do ano passado, segundo a promotoria, os dois foram denunciados depois de análises de diversas provas. Lessa teria sido o autor dos disparos e Queiróz, o condutor do veículo usado na execução. De acordo com o MP-RJ, o crime foi planejado nos três meses que antecederam os assassinatos.
A vereadora e seu motorista foram assassinados em 14 de março de 2018, quando o carro em que estavam foi atingido por tiros na região central do Rio de Janeiro.
Defesa
O advogado Fernando Santana, da defesa de Lessa, disse que as provas nos autos não são convincentes para que haja a continuidade da ação penal. “Vamos nos manifestar contrariamente. Em razão de todas as divergências ocorridas no processo, a gente entende que ele [Lessa] tem que ser impronunciado."
Sobre o pedido de separação em presídios federais distintos, o advogado disse que a medida é desnecessária. “Eles já estão presos juntos desde o primeiro dia. Acho que isso não vai influenciar em absolutamente nada."
O advogado Henrique Telles, que defende Élcio, negou a participação de seu cliente no crime. “As investigações não lograram comprovar os executores do duplo homicídio. As investigações são eivadas de erros”.
Telles também criticou o pedido de separação dos réus. “A manutenção em presídio federal é uma medida que a gente já não concorda, tendo em vista que os afastou da família. Outra medida que entendemos ser equivocada. Estamos refutando tudo isso." Com informações da Agência Brasil.
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