
No sétimo e último vídeo da entrevista do ex-presidente Lula à TV ConJur, o petista fala do momento em que Dilma Rousseff o convidou para assumir a Casa Civil do governo dela, em março de 2016.
"A coisa que eu menos queria era ser ministro. O meu discurso para Dilma era que no Palácio não cabem dois presidentes, mas ela disse "eu preciso, eu preciso, eu preciso", e eu aceitei. E aí vem dizer que eu queria pra me proteger? Sinceramente, meu caro, a única proteção que eu quero é a da minha consciência."
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, porém, liminarmente, impediu que Lula assumisse a Casa Civil. Mas, numa entrevista ao "Roda Viva", da TV Cultura, disse que, com as informações que tem hoje, não tomaria a mesma decisão.
Para o ex-presidente, o país vivia um momento de muita tensão. "Num momento de tensão política, as pessoas agem de acordo com as informações que recebem. Isso vale para todo mundo e para o Gilmar Mendes."
Lula, porém, criticou o fato de juízes e ministros se manifestarem fora dos autos. "O correto no Judiciário é que um ministro só se manifeste nos autos. Ninguém tem que declarar voto um mês antes, não é esse o papel. Não pode ficar a Globo cobrando do ministro, denunciando todo dia, incentivando as pessoas a ir atrás do ministro. Não pode! Qual é o ministro que tem força de enfrentar isso?"
Clique aqui e leia a íntegra da entrevista.
E veja abaixo o sétimo vídeo da entrevista de Lula:
Comentários de leitores
19 comentários
Tapando o sol com o conjur
Reg78 (Advogado Autônomo)
Dois áudios desmentem essa afirmação de Lula. Um deles é o áudio da conversa entre o ex-presidente e a presidenta Dilma, mostrando a preparação para evitar uma prisão. Outro é o conselho de um aliado à respeito da solução, claramente já debatida com o ex-presidente, de assumir o cargo de ministro para evitar a prisão e organizar uma reação (obstrução da justiça).
Muita decepção com o COJUR
Dr. Arno Jerke (Advogado Autônomo - Civil)
É lamentável a partirização do COJUR com essa entrevista inoportuna e inteiramente parcial.
Gostaria de saber se o COJUR irá ceder o mesmo espaço para as outras tendencias filosóficas, para não dizer partidárias, já que a única razão aceitável é a abertura filosófica.
Lamentável.
Nota da Redação - comentário ofensivo Comentário editado
Zeca urubu (Juiz do Trabalho de 1ª. Instância)
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