Em mais uma decisão questionável, baseada em acusação sem materialidade, o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, mandou prender o secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, Alexandre Baldy.

O secretário de São Paulo foi ministro das Cidades no governo Michel Temer e foi preso por fatos relacionados a um hospital em Goiânia durante a administração de um adversário político. Nenhum dos fatos invocados tem conexão com a Justiça Federal do Rio de Janeiro. Em sua decisão, Bretas reconhece não haver a contemporaneidade de fatos que justificaria a prisão provisória.
Segundo a Polícia Federal, são cumpridos seis mandados de prisão temporária e 11 de busca e apreensão em uma investigação de desvios na Saúde envolvendo órgãos federais no Rio e em São Paulo. Os alegados crimes são anteriores ao mandato de Baldy na Secretaria dos Transportes.
Marcelo Bretas, cujas decisões são repetidamente revogadas por falta de fundamento legal, mandou prender pessoas e vasculhar os domicílios de pessoas em Petrópolis (RJ), São Paulo, São José do Rio Preto (SP), Goiânia e Brasília. De acordo com o G1, um pesquisador da Fiocruz, Guilherme Franco Netto, foi preso em Petrópolis.
As acusações elencam a eventual prática de corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, e após procedimentos de praxe, serão encaminhados ao sistema prisional, informou a PF em nota.
Comentários de leitores
11 comentários
Secretário de Transportes de São Paulo é preso por ordem de
rengaw (Advogado Assalariado - Trabalhista)
"Em mais uma decisão questionável, baseada em acusação sem materialidade"
Tive a impressão de estar lendo a Folha de São Paulo.
Em que se baseiam a afirmação de "decisão questionável"? Tiveram acesso aos autos?
Informação parcial!
Dalmars (Advogado Autônomo)
Sem ver os autos ou o inquérito judicial, não há possibilidade de defender ou acusar, todavia a Conjur deve informar e se posicionar. Que negócio é esse de informação imparcial.
Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço
Corregedor (Auditor Fiscal)
CONJUR ombreando com os blogs mais obscuros. Impressão minha ou a chamada da "reportagem" imputa um crime ao magistrado? Comportamento esse que, justamente, a "reportagem" visou criticar.
E ainda de modo covarde:
Samuel Pavan (Advogado Autônomo)
"reportagem" apócrifa.
ConJur rebaixando-se a cada dia.
Comentários encerrados em 14/08/2020.
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