Justiça do Trabalho homologa seis acordos por acidente da Chapecoense
7 de maio de 2019, 19h54
O juiz Carlos Frederico Carneiro, da 1ª Vara do Trabalho de Chapecó, homologou seis acordos entre a Chapecoense e familiares de vítimas do acidente aéreo, que matou 71 pessoas, sendo a maior parte da delegação do clube, em novembro de 2016, nos arredores de Medellín, na Colômbia.
O valor total das indenizações chega a R$ 19 milhões. O pagamento será parcelado em até 120 meses (10 anos), dependendo do acordo feito com cada família. Os processos envolvendo o acidente aéreo da Chapecoense tramitam sob segredo de justiça, e por isso não serão divulgados mais detalhes.
De acordo com o juiz Carlos Frederico Carneiro, a pedido das partes, os processos foram propositadamente desacelerados. "O segredo da conciliação foi que fizemos os processos andarem um pouco mais devagar que o normal, para dar mais tempo de negociação às partes", afirmou.
No Foro Trabalhista de Chapecó, todas as 27 ações protocoladas por familiares de jogadores e funcionários do clube foram distribuídas para a 1ª Vara do Trabalho. Segundo levantamento feito pela própria unidade, desse total, 13 processos já foram conciliados – incluindo os seis acordos de ontem –, um teve sentença publicada e recurso, em análise no Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (TRT-SC), e os outros 13 aguardam julgamento no primeiro grau.
Acidente
A tragédia com o avião da Chapecoense teve repercussão mundial. O clube catarinense vivia o maior momento da sua história e tentava ganhar seu primeiro título internacional em Medellín, na Colômbia, enfrentando o Atlético Nacional na final da Copa Sul-Americana.
As investigações apontaram que houve falta de combustível (pane seca) na aeronave, durante o voo operado pela companhia boliviana Lamia, e que a tripulação também foi negligente com o sinal de alerta emitido 40 minutos antes da queda, nos arredores do aeroporto de Medellín. Com informações da Assessoria de Imprensa do TRT-12.
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