Decano Celso de Mello completa 28 anos como ministro do Supremo
17 de agosto de 2017, 16h26
Ministro mais antigo em atividade no Supremo Tribunal Federal, o decano Celso de Mello completa, nesta quinta-feira (17/8), 28 anos como integrante da corte. No Plenário, ele foi saudado pelos colegas e exaltou as responsabilidades "irrenunciáveis" de cada membro do STF perante a República.
O tribunal é um “verdadeiro solo sagrado”, onde florescem as liberdades e triunfa a Constituição Federal, destacou o ministro. Ele lembrou frase do primeiro presidente da história da Ordem dos Advogados do Brasil, Levi Carneiro, e afirmou que o STF é a “joia das instituições republicanas”.
Oriundo do Ministério Público de São Paulo, ele foi indicado para o tribunal em 1989 pelo então presidente José Sarney. Celso é o quarto ministro mais longevo da história do STF e, até hoje, é o mais jovem magistrado a assumir a Presidência da corte — isso aconteceu em 1997, quando ele tinha 51 anos.
O decano elogiou os colegas, que classificou como “verdadeiros mestres do Direito”, mas lembrou que o STF é muito maior, muito mais importante que cada um de seus juízes. “Quando os fundadores da República instituíram essa corte suprema, nela depositaram graves responsabilidades, enormes encargos.”
A grandeza do Supremo foi construída a partir da cultura da integridade e da dignidade dos seus membros, continuou. “O saudoso ministro Carlos Alberto Madeira, quando dirigindo-se a essa corte em 1990 por ocasião de sua aposentadoria compulsória, destacou que participar do exercício da jurisdição no STF foi momento culminante em sua vida, e eu também assim penso.”
Celso afirmar reconhecer que se trata de uma trajetória longa, mas que segue aprendendo a cada dia. “É uma honra e um grande privilégio partilhar o exercício da jurisdição ao lado de tão eminentes colegas e tão ilustres mestres do Direito, com quem tenho diuturnamente aprendido.”
*Texto modificado às 18h53 do dia 17/8/2017 para correção. Inicialmente, foi informado que o ministro completava 27 anos no STF.
Encontrou um erro? Avise nossa equipe!