Práticas advocatícias

Escritórios de Brasil e EUA não estão tão distantes tecnologicamente

Autor

  • Fred Ferraz

    é diretor comercial da Kurier e diretor de marketing da AB2L. Graduado em Administração e pós-graduado em Gestão Organizacional pela Universidade Estadual de Pernambuco (UPE) e em Gestão Comercial pela FGV.

14 de junho de 2015, 9h00

Na segunda quinzena de maio aconteceu, nos Estados Unidos, a conferência de 2015 da Association of Legal Administrators. Com uma programação de palestras sobre o futuro da profissão legal, principalmente focado na administração de escritórios de advocacia. O evento também teve uma feira de soluções para essas empresas. A grande surpresa é que, ao contrário do que pode esperar, os brasileiros estão com o mesmo nível de tecnologia usado pelos norte americanos.

O sistema legal americano em si tem muitas diferenças em comparação ao brasileiro. Ao contrário de nossas práticas cotidianas, em que há uma ênfase na realização de contenciosos, os advogados nos Estados Unidos têm experiência na prática de acordos, provavelmente, fruto do próprio sistema da Common Law. Essa característica já influencia em algum ponto o uso da informática nos escritórios.

Como pudemos observar, nada em exposição é tecnologicamente mais avançado do que fazemos no país. Vimos muitas soluções em Business Inteligence, mas concentradas, principalmente, no setor financeiro. Não havia inovações na recuperação de dados jurídicos, distribuição de processos ou qualquer outra solução de alta tecnologia.

O que eles têm de diferença é muito mais em relação aos processos (procedimentos) que são muito automatizados. Essa automatização ainda está aparecendo no Brasil, temos tecnologia para fazer tudo , mas precisamos de uma mudança de costume por parte dos escritórios e departamento jurídicos brasileiros.

Outro foco que o sistema jurídico dos Estados Unidos é diferente do Brasil é quanto à publicidade de escritórios de advocacia. Enquanto por aqui, a Ordem proíbe qualquer tipo de anúncio no setor, os americanos podem comunicar ao público seus serviços e especialidades. Esse detalhe também faz a diferença na feira da ALA, já que permite a exposição de agências que têm advogados como clientes.

Autores

  • é diretor comercial da Kurier, empresa especializada no desenvolvimento de soluções tecnológicas voltadas à recuperação de informação para o setor jurídico.

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