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O lado descontraído do grande jurista e violeiro José Afonso da Silva

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29 de agosto de 2015, 17h39

Com 90 anos de idade e a reputação de ser um dos maiores juristas vivos do país, o advogado José Afonso da Silva, já com as “chuteiras” quase completamente dependuradas, revela neste fim de semana o seu lado descontraído em entrevista concedida para falar dos netos, e encerra a entrevista tocando na viola caipira a cantiga “Tristeza do Jeca”, que utiliza para ninar seus seis netos, um deles nascido há apenas um mês.

José Afonso da Silva é professor aposentado da USP, onde foi professor titular, e da Universidade Federal de Minas Gerais. Em São Paulo, foi titular da Secretaria de Segurança Pública e da Procuradoria-Geral do Estado e alcançou seu maior destaque no suporte que deu à formulação da doutrina no processo de elaboração da atual Constituição Federal, nos anos 1980. O hoje advogado fez parte do time de notáveis da Comissão Afonso Arinos, responsável pela elaboração de um anteprojeto de Constituição, entre 1985 e 86.

Na entrevista ao portal avosidade, dedicado às relações entre avós e netos, a que a revista Consultor Jurídico teve acesso com exclusividade, o advogado revela que para seus netos “não faço opressão”, e acrescenta que às vezes reclama com os filhos “que não me deixam estragar os netos”, já que avô “não tem responsabilidades”, e é “uma relação que não tem ônus, só vantagem”. E arremata: “Estragar é gostoso, né?”

Porém, logo que seu papel de avô não é só esse: “A gente quer que eles tenham uma boa formação. Na nossa ótica, boa formação é abrir espaço para uma vida intelectual, de estudos, para que eles, desde logo, saibam que o estudo deve ser uma coisa boa.”

 Para ler toda a entrevista, editada em oito vídeos curtos, e assistir ao “concerto” de viola caipira do mestre do Direito, basta visitar o site www.avosidade.com.br.

O portal avosidade estreou no fim de julho e em suas poucas semanas de existência já publicou entrevistas com vários avôs e avós, entre eles a cantora Fafá de Belém, a escritora e novelista Maria Adelaide Amaral, a consultora de moda Costanza Pascolato, o artista plástico Elifas Andreato, a psicóloga Elizabeth Monteiro, o médico Beny Schmidt e a arquiteta Laura Artigas, sempre tratando das relações entre avós e netos.

Também publicou artigos de renomados jornalistas como Milton Leite, Eduardo Ribeiro, Nair Suzuki, Sérgio Vaz, Marlene Jaggi, Valério Fabris, Sérgio Garschagen, Luiz Carlos Franco e Valderez Caetano, todos avós. Mas também abriu espaço para outros autores falarem sobre seus avós, como os jornalistas Caco de Paula, Roberto Baraldi e Sandra Carvalho. 

Além de revelar o lado músico do advogado José Afonso da Silve, o portal avosidade também já revelou canções de ninar desconhecidas da maioria dos brasileiros, como Murucututu, uma canção de ninar regional da Amazônia, que foi interpretada pela cantora Fafá de Belém, cantando a capela. Outro exemplo foi uma cantiga de ninar do Japão, conhecida no Brasil apenas pelos descendentes dos imigrantes japoneses.

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