Novo prédio da OAB de São Paulo será inaugurado no dia 25 de agosto
15 de agosto de 2014, 11h57
Uma das justificativas para a mudança é o saturamento da atual sede da OAB-SP. Em 1955 (data de inauguração do prédio atual), eram cerca de 3 mil advogados e 21 conselheiros. Hoje, a instituição tem 350 mil advogados inscritos e um Conselho Secional composto por 180 membros. “Trata-se de mais uma conquista para advocacia paulista, que terá uma sede digna e condizente com sua grandeza e que foi inteiramente financiada com recursos do Conselho Federal da OAB, para aquisição, reforma e mobiliário”, diz Marcos da Costa, presidente da OAB-SP.
O novo prédio receberá o nome do primeiro presidente da OAB-SP, Plínio Barreto, que teve grande atuação na Revolução Constitucionalista de 1932. Plínio Barreto é também jornalista e ocupou o cargo de diretor do jornal O Estado de S. Paulo.
O projeto de mudança da sede teve início em 2012, na gestão do então presidente Luiz Flávio Borges D’Urso, quando o edifício foi comprado por R$ 12,6 milhões. Naquele mesmo ano, foi concluída a primeira fase, em que se deu o desenvolvimento de projetos (estrutural e arquitetônico) e a regularização da obra junto aos órgãos públicos.
O prédio tem 3,3 mil metros quadrados de área construída, em uma torre de 11 andares e um terraço.
Histórico do edifício
O edifício na esquina da Rua Maria Paula com a Avenida Brigadeiro Luiz Antônio foi construído na década de 50, para abrigar a sede administrativa do grupo empresarial de Sérgio Ugolini, empresário que teve papel na vida pública paulista, ocupando cargos como presidente da Dersa (1971 a 1975), secretário de Obras da Prefeitura, diretor da Associação Comercial de São Paulo, presidente e fundador da Associação Brasileira do Cobre e vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Na época, o estado de São Paulo se consolidava como força industrial da América Latina e a cidade vivia um crescimento imobiliário, responsável pela verticalização da capital, por conta da nova fase de desenvolvimento urbano. Em termos arquitetônicos, o Concretismo marcou a década de 1950, compondo edificações com rigor geométrico e o emprego de materiais industrializados (ferro, alumínio, vidro e concreto).
Nas décadas de 1960 e 1970, tem início o processo de degradação do centro histórico de São Paulo, aprofundado na década de 1980. O movimento de transferência de parte do centro financeiro para a Avenida Paulista foi decisivo para o destino do prédio, que foi desocupado pelo grupo empresarial Ugolini e teve algumas locações esporádicas para diferentes atividades, como serviço de call center. Com informações da Assessoria de Imprensa da OAB-SP.
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