Bons líderes inspiram, desafiam e formam sucessores
22 de fevereiro de 2013, 11h41
O tema é mesmo fascinante e muito presente na vida de todos, pois convivemos e somos liderados por pessoas de toda a sorte e espécie. Há líderes na política, nas seitas e religiões, nos esportes, nas comunidades, nas associações, nas famílias, nas escolas, nas empresas, no mundo das artes e da cultura.
Por todos os lados estamos sendo liderados e também somos líderes, mesmo que temporariamente, em muitos papéis que exercemos na vida.
No entanto, de vez em quando, curiosamente, ouve-se a afirmação queixosa de que “não temos líderes” ou que “há falta de líderes”. Penso ser um engano. Talvez não tenhamos lá muitos bons líderes, o que é outra e extensa discussão.
Sou propenso a acompanhar o pensamento e o alerta de Peter Drucker sobre o cuidado a ser tomado com a busca excessiva e com a prática descriteriosa da liderança. O século XX nos dá exemplos do quanto os líderes podem ser perigosos: Hitler, Stalin, Mao, Mussolini, Franco, Salazar, Osama e certamente uma infinidade de anônimos.
Os estudos, pesquisas e teses sobre a liderança nos apresentam aspectos complexos e interessantíssimos que merecem entendimento, tais como: carisma, poder, identificação, relacionamento, personalidade, comportamento, ambiência e por aí afora.
E mais, você já deve ter escutado ou feito estas perguntas para si mesmo: “O líder já nasce pronto?” “O que devo fazer para aprimorar a minha liderança?” Afinal, todos querem ser, pensam ser ou precisam ser bons líderes.
No mar de respostas que podem ser dadas a essas perguntas, há uma fonte preciosa. É o livro O Desafio da Liderança, escrito por dois estudiosos profissionais norte-americanos: James Kouzes e Barry Posner.
Fruto de extensa pesquisa, o livro conclui que a boa liderança se apoia em cinco regras:
– Desafiar o estabelecido;
– Inspirar visões compartilhadas;
– Permitir a ação dos outros;
– Apontar caminhos; e
– Encorajar as pessoas.
Essas cinco regras simples desdobram-se em dez compromissos, que podem ser assumidos por qualquer ser humano bem e seriamente intencionado:
– Procurar oportunidades desafiadoras para mudar, crescer, inovar e melhorar;
– Experimentar, arriscar e aprender com os erros;
– Imaginar um futuro enaltecedor e enobrecedor;
– Arregimentar os outros para uma visão coletiva, com apelo aos valores, interesses, esperanças e sonhos comuns;
– Incentivar a colaboração pela promoção de objetivos cooperativos e desenvolvimento da confiança;
– Fortalecer e apoiar explicitamente as pessoas via distribuição de poder, permissão de escolhas, desenvolvimento de competências, atribuição de tarefas críticas;
– Estabelecer o exemplo com comportamento coerente aos valores estabelecidos;
– Alcançar e valorizar mesmo as pequenas vitórias que promovem o progresso e reforçam os compromissos;
– Reconhecer as contribuições individuais para o êxito de qualquer projeto; e
– Celebrar as realizações da equipe — sempre.
Recomendo a leitura do livro, não sem antes ousar acrescentar um item à lista acima:
– Formar sucessores.
Sim, no plural, pois sempre haverá infinita demanda por líderes, e líderes com excelência.
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