Crime rentável

Ministérios Públicos se unem contra tráfico humano

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22 de setembro de 2012, 14h22

Representantes dos Ministérios Públicos de 13 países se reuniram nesta semana para discutir o enfrentamento conjunto do tráfico de pessoas. Durante dois dias, diversos palestrantes apresentaram um quadro geral sobre o problema do tráfico de pessoas. Segundo dados das Nações Unidas, este é segundo crime mais rentável no mundo. O primeiro é o tráfico de drogas.

Também foram definidas estratégias de investigação e persecução criminal dos traficantes, bem como instrumentos de atenção e de proteção às vítimas, em reunião dos representantes dos Ministérios Públicos da Argentina, Brasil Chile, El Salvador, Equador, Espanha, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai e Uruguai.

O procurador da República Daniel Salgado, representante do Ministério Público Brasileiro na Rede Ibero-americana de Ministérios Públicos contra o Tráfico Humano, explicou que os países da América Latina são tanto exportadores quanto receptores de vítimas de tráfico humano. “Na maioria das vezes as pessoas são enviadas para os grandes centros europeus, mas nós também recebemos as vítimas”, declarou.

O representante do MP paraguaio, Juan Emílio Oviedo, explica que o combate ao tráfico de pessoas é um trabalho de "rede contra rede". "Partimos da premissa de que lutamos contra redes criminosas através de redes de Ministérios Públicos”, afirmou.

“Vamos nos comunicar com outras redes internacionais; temos um  contato permanente com a rede europeia, com organismos de combate ao crime organizado internacional e com os Ministérios Públicos de praticamente todo o mundo”, explicou o chileno Jorge Chocair, secretário-geral da Associação Ibero-Americana de Ministérios Públicos (Aiamp).

A Rede Ibero-americana de Ministérios Públicos contra o Tráfico Humano foi criada durante a II Cúpula Ibero-americana de Ministérios Públicos contra o Tráfico de Seres Humanos, em Santiago do Chile, em setembro de 2011, por meio de um protocolo de cooperação interinstitucional assinado pelos procuradores-gerais membros da Aiamp. Com informações da Assessoria de Imprensa da Procuradoria Regional da República da 5ª Região.

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