Presidente do Paraguai pede suspensão de julgamento
22 de junho de 2012, 14h38
Inconstitucionalidade. Esta foi a alegação dada pelos advogados do presidente do Paraguai, Fernando Lugo, para questionar o pedido de impeachment aprovado na quinta (21/6), pela Câmara dos Deputados. Uma representação afirmando que o pedido é inconstitucional foi enviada à Secretara Judicial nº1 do país. Com isso, os advogados do presidente solicitaram a suspensão do julgamento político marcado para esta tarde. As informações são da Agência Brasil.
O pedido havia sido aprovado por 73 votos a 1 pelos deputados na quinta e seria analisado pelo Senado. Lugo é acusado de manter vínculos com movimentos sociais do país e por ausência de ação, por exemplo, contra a invasão de terras.
Os dois juizes escolhidos para analisar o caso teriam viajado e, diante disso, o tribunal terá que reunir outros juizes para julgar o pedido. O argumento de constitucionalidade é assinado pelos advogados, Adolfo Ferreiro e Emilio Camacho.
Lugo terá duas horas para apresentar sua defesa e, às 16h30 — 15h30 no horário de Brasília, os senadores se pronunciarão sobre o processo de impeachment do presidente. “Em duas horas ninguém pode defender qualquer um de qualquer coisa”, disse o advogado Adolfo Ferreiro. “Está se tirando do Paraguai a possibilidade de algum dia se tornar um país civilizado.”
Depois da apresentação dos argumentos da defesa, o Senado decidirá sobre o pedido de impeachment. Dos 45 senadores titulares, é preciso, pelo menos, que 30 sejam favoráveis à destituição do presidente da República.
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