Defensoria Pública da União reduz atendimentos
15 de julho de 2012, 17h55
As unidades da Defensoria Pública da União em todo o país passarão a ter atendimento reduzido a partir desta segunda-feira (16/7). Apenas casos urgentes serão atendidos na chamada operação padrão que terá início. O motivo apontado pela Associação Nacional dos Defensores Públicos da União (Anadef) é a falta de estruturação dos órgãos, que contam com 470 defensores em todo o país.
Segundo o presidente da Anadef, Gabriel Faria Oliveira, as defensorias necessitam ampliar seus quadros para atingir a meta de 800 defensores. “Os defensores estão esgotados, fazendo trabalho de atendentes, psicólogos, assistentes sociais, motorista e pagando pedágio do próprio bolso. A operação padrão permitirá a resposta das demandas já existentes. Diante do quadro caótico, os atendimentos serão provisoriamente suspensos até o governo enviar os projetos de estruturação da DPU, com o mínimo proposto de cargos de defensores [800], carreira de apoio e funções gratificadas”, diz.
Segundo a associação o governo federal tem ignorado o pleito dos defensores. "Do último concurso, 150 aprovados aguardam sem data prevista para nomeação. As notícias que rondam o Planalto apontam para um corte de 50% das vagas do Projeto de Estruturação da Defensoria da União", diz nota da Anadef enviada à imprensa.
Hoje, no âmbito da União, atuam 3,6 mil juízes trabalhistas, 1,8 mil juízes federais, 1,7 membros do Ministério Público da União, 8,5 mil advogados públicos federais, reclama a Anadef. Segundo dados da associação, todos os dias, mais de 1,2 mil pessoas carentes são atendidos nas unidades das Defensorias Públicas da União em todo o país.
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