Os livros que marcaram a vida de Patrícia Vanzolini
12 de janeiro de 2012, 12h25
Primeiras leituras
Desde pequena Patrícia cultivara o hábito de ler, mas foi aos 10 anos, quando chegou em suas mãos o livro O Caso dos Dez Negrinhos, de Agatha Cristie, que ela percebeu que havia sido capturada por este gênero literário. "Fiquei alucinada, sem dormir uns dias de medo, mas depois disso me viciei em literatura policial, acho que talvez isso tenha influenciado de alguma forma o fato de eu ter me encaminhado para a área criminal. Leio até hoje Agatha Cristie. Melhor que novela", revela a docente.
Durante a adolescência, os livros policiais deram lugar
Mas nem só de poesias foi feita a adolescência da professora, que também dedicou seu tempo ao russo Dostoiéviski, com Irmãos Karamasov, e ao alemão Thomas Mann, em A Montanha Mágica.
Graças a um curso de teatro, a criminalista enveredou para o mundo teatral. "Como fiz curso de teatro, li de Shakespeare a Ariano Suassuna, passando por Brecht. Quando você tem a experiência do palco, é mais fácil imaginar toda a situação, o cenário, etc."
Livro Jurídicos
Policial Contemporâneo
Li e recomendo
Patrícia recomenda a leitura do livro Descasos, escrito por Alexandra Szafir. A obra fala da experiência da advogada, também criminal, na advocacia pro bono. "É um livro que mostra a visão do preso, do réu, do condenado, numa perspectiva realista e humana, onde está a beleza do advogado criminalista. O advogado criminalista é uma pessoa complicada na sociedade, ele é frequentemente misturado ao criminoso, pois ele o defende. O livro mostra a beleza de defender alguém que está sendo processado indevidamente, ou até devidamente, mas que tem direito a defesa e não merece um tratamento humilhante", explica a professora.
Em um dos trechos, a autora descreve o projeto desenvolvido dentro de uma penitenciária feminina, cujo encerrameto foi com um show do Alexandre Pires. Foi pedido que ninguém relacionado com o show usasse roupa amarela, pois as presas usavam roupas amarelas, mas o staff do cantor fez questão de ir todo de amarelo. Para mostrar que todas as pessoas são iguais, então foi um momento muito bonito. "Ela conta episódios da vida real emocionante", finaliza Patrícia.
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