Invasão no Ceará

Entidades organizam ato contra violência em fóruns

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2 de fevereiro de 2012, 11h06

A Associação Cearense de Magistrados (ACM) prepara um ato para as 13 horas desta quinta-feira (2/2) para exigir segurança nos fóruns do interior do estado e também no Fórum Clovis Beviláqua, que fica em Fortaleza. O encontro acontece no Pleno do Tribunal de Justiça do Ceará.

Em 2011, conta a entidade, as comarcas de Chorozinho, Maranguape, Ubajara, Umirim, Mauriti, Ocara, Indepenência, Palmácia e Caridade foram alvos de quadrilhas. Na maior parte dos casos, foram levadas drogas e armas apreendidas, além de dinheiro. Só no Fórum de Chorozinho, em 28 de setembro, foram roubadas 44 armas de fogo, entre revólveres, pistolas e espingardas.

Nesta quinta a ACM vai entregar um documento ao presidente do TJ cearense, desembargador José Arísio Lopes da Costa, no qual os juízes elencam as principais reivindicações da categoria na área de segurança. O manifesto também é apoiado por mais três entidades: Associação Cearense do Ministério Público (ACMP), Associação dos Defensores Públicos do Estado do Ceará e a seccional da OAB no estado.

O presidente da entidade, juiz Ricardo Barreto, conta que só em janeiro deste ano, quatro fóruns no interior foram palco de algum episódio de violência: Comarcas de Horizonte (1º de janeiro), Iguatu (4 de janeiro), Beberibe (9 de janeiro) e Guaraciaba do Norte (26 de janeiro).

Em Guaraciaba do Norte, também neste ano, a situação foi outra. Um réu em uma Ação Penal que tramita na comarca invadiu o fórum e, portando uma escopeta, disparou três vezes em direção à porta da Sala de Audiências. Ninguém foi atingido.

“O que ocorreu representa a negação do Judiciário como instância adequada para resolver os conflitos sociais, dando margem ao justiçamento, ou seja, a que as pessoas pratiquem a justiça que entendem adequada ao seu caso, com as próprias mãos, num retorno indesejado às sociedades primitivas”, acredita o presidente da entidade.

“Sabemos das dificuldades financeiras com o corte de verbas por parte do Executivo, mas a situação é urgente e precisa de uma resposta rápida”, afirmou Barreto. Com informações da Associação Cearense de Magistrados.

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