Peluso tem consciência da importância de sua função
19 de abril de 2012, 12h52
Quando de sua posse na Presidência do Supremo Tribunal Federal, tive oportunidade de externar a um órgão de imprensa que a observação da sua conduta como cidadão e magistrado sempre me trazia à lembrança uma assertiva de Sêneca para quem “os progressos obtidos por meio do ensino são lentos; já os obtidos por meio de exemplos são mais imediatos e eficazes.” É que o Ministro Cezar Peluso, apesar de manejar com vigor e segurança a sua retórica fluente e precisa durante os julgamentos, sempre se revelou prudente e parcimonioso nas suas manifestações extraprocessuais, de sorte que os exemplos estampados nos seus pronunciamentos jurisdicionais sempre foram suficientemente eloquentes e didáticos. Tanto para os demais juízes como para os cidadãos brasileiros.
Sou testemunha privilegiada da forma dedicada e competente como conduzia e decidia importantes e graves procedimentos de natureza penal, e da idêntica forma como julgava com precisão e acerto delicados temas constitucionais. O seu desempenho como Presidente do Supremo Tribunal Federal foi extremamente importante para o Poder Judiciário, na medida em que não só transmitiu um indiscutível alento para os cidadãos que desejam uma justiça inspiradora de natural respeito, como também emitiu um sinal de segurança para a preservação do equilíbrio e autonomia dos Poderes da República.
O Ministro Cezar Peluso é daqueles magistrados que têm a consciência de que a magistratura bem exercida é um serviço relevante para o povo, de modo que sempre a exerce com entusiasmo.
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