Fux tem visão diferenciada sobre efetivação da Justiça
9 de março de 2011, 17h03
A posse do ministro Luiz Fux na mais alta corte brasileira simboliza um verdadeiro marco na carreira de juiz. Trata-se de um norte para os quase 15 mil juízes estaduais, que olham para cima e pensam: “Sim, é possível”.
Se a sensação de que podemos alcançar o topo é importante em qualquer carreira, na magistratura, porém, ela é vital e imprescindível. Afinal, os obstáculos que se colocam à judicatura no Brasil são quase invencíveis, em especial a precária estrutura de trabalho, os reiterados cortes orçamentários, os problemas de segurança pessoal e familiar, além do desumano volume de processos para julgamento que se avolumam.
O momento, no entanto, não é o de expor nossas dificuldades, mas de nos regozijarmos com a posse do nosso ministro Fux, um juiz de carreira como nós e que, por isso, dispõe de uma visão diferenciada sobre a maneira de efetivação da Justiça.
Não foi obra do acaso que foi dada, ao ministro Fux, uma missão tão complexa quanto a de liderar a comissão que elabora a reforma em nossa legislação processual. As legislações brasileiras sobre o tema sempre contaram com juristas reconhecidos pela comunidade jurídica como alguns dos melhores do mundo em seu respectivo tempo.
Assim, nessa dificultosa jornada para modernizar o Código de Processo Civil sentíamo-nos, também, representados. Imperioso testemunhar que não foram poucas as oportunidades abertas para que a magistratura contribuísse com sugestões – e, por que não dizer, com críticas – sobre o anteprojeto.
Presidente da comissão, como agiu o ministro Fux? Como um juiz de carreira, ele ouviu atentamente os argumentos, ponderou sobre eles com seus pares e ajudou a produzir o que será uma nova forma de instrumentalizar a Justiça.
Agora que o ministro caminha rapidamente em direção ao topo de uma jornada repleta de êxito, nós – juízes de carreira – olhamos em sua direção com orgulho extremado e conscientes de que a nossa voz será ainda mais ouvida.
Na verdade, quando o ministro Fux entrar pelas portas sempre abertas do nosso Supremo Tribunal Federal, ele levará consigo as aspirações de todos os magistrados de carreira: a de construir um país ainda mais justo.
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