Adereço do candomblé

TRE da Bahia barra entrada de candidato com chapéu

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14 de julho de 2010, 17h39

Um candidato a deputado federal da Bahia foi barrado por seguranças do Tribunal Regional Eleitoral do estado por estar com um filá — tipo de chapéu usado por sacerdotes e seguidores do orixá Obaluiaê, do candomblé. A informação é da Folha.com. "Os agentes disseram que eu não podia entrar no prédio porque eu estava com o filá. Sou negro e já senti o preconceito na pele. A Justiça, que deveria coibir a discriminação, me discriminou. Me visto assim pela minha religião", afirmou o candidato, adepto do candomblé.

No dia seguinte ao fato (1º/7), Santos fez uma representação contra o TRE-BA na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa da Bahia. Mais tarde, prestou queixa à Polícia Federal. No último dia 9, foi ao Ministério Público Federal daquele estado.

De acordo com o candidato, os seguranças alegaram cumprir a Portaria 566/2009, que trata dos trajes permitidos dentro do prédio para barrá-lo. Segundo Ferreira, o diretor-geral da instituição, Raimundo Vieira, ordenou a uma funcionária, por celular, que não permitisse a entrada do candidato com o chapéu.

A Assessoria de Comunicação do TRE baiano disse que ocorreu um "mal-entendido", "um ato de ignorância" da equipe de segurança, de uma empresa terceirizada. O tribunal disse que nenhuma norma proíbe o uso de cobertura na cabeça. A Corte nega ato de discriminação.

Um relatório será elaborado para apontar os responsáveis por barrar o candidato, que poderão ser punidos. De acordo com a assessoria, o diretor-geral recomendou "bom senso" aos seguranças e não negou acesso ao prédio ao candidato.

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