Indícios de crimes

PF abre 54 inquéritos a pedido do MPF paulista

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23 de novembro de 2009, 15h50

A Polícia Federal em São Paulo decidiu abrir 54 inquéritos policiais para apurar indícios de crimes levantados em sindicâncias e procedimentos administrativos disciplinares (PAD). O pedido foi feito pelo Ministério Público Federal de São Paulo, que também recebeu da PF a relação de todas as sindicâncias e PADs abertas pela Corregedoria do órgão.

Para o coordenador do Grupo de Controle Externo da Atividade Policial do MPF-SP, procurador da República Roberto Antonio Dassié Diana, a decisão de abrir os inquéritos somente agora confirma a suspeita inicial do MPF de que supostos fatos criminosos que surgiam nas investigações internas da PF, de cunho administrativo, deixavam de ser apurados ou demoravam para ser investigados criminalmente.

Segundo o MPF, desde 2008 que os pedidos eram feitos à PF. O MPF afirma que a PF se negava a fornecer essa lista. O próprio órgão, após investigações próprias, afirma que constatou e denunciou casos em que a PF tratava de crimes praticados por policiais somente no âmbito administrativo interno, sem instaurar o devido inquérito policial ou comunicar os fatos criminosos ao órgão ministerial.

O MPF afirma também que um delegado teria dito que a forma como os produtos eram apreendidos e contados pela Delegacia de Crimes Fazendários, poderia, em tese, facilitar “o estabelecimento de esquema de desvio de mercadorias, que pode chegar a valores mínimos em torno de R$ 1,5 milhão por ano”.

O Grupo de Controle Externo da Atividade Policial do MPF-SP pediu que a PF instaurasse inquérito policial em cada caso em que houvesse indícios de crimes praticados por policiais. O MPF conta que a Polícia enviou ofício informando da abertura dos inquéritos.

O MPF vai analisar os documentos entregues e verificar as providências a serem tomadas, incluindo responsabilização de quem não abriu inquérito policial e, eventualmente, deixou que supostos crimes prescrevessem. Com informações da Assessoria de Imprensa do MPF-SP.

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