Parcerias rentáveis

Com alianças, escritórios garantem full service

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  • Mauro Scheer Luís

    é advogado na área empresarial especialista em consultoria de planejamento estratégico. Cursa MBA em empreendedorismo e inovação pela B.I. International/Berkeley University of California (Estados Unidos) Babson Executive Education (Estados Unidos) e Shanghai Jiao Tong University (China).

28 de maio de 2009, 9h26

Uma das principais dificuldades dos pequenos escritórios sempre foi atingir capilaridade territorial de atendimento e também prestar serviços em várias áreas diferentes entre si, proporcionando o chamado atendimento full service. Para uma grande banca, prestar serviços em localidades diferentes é um objetivo mais facilmente atingível, uma vez que há mais recursos financeiros e humanos para serem aplicados de acordo com essa finalidade. Neste contexto, as associações e alianças entre escritórios mostram-se essenciais para aqueles escritórios que – mesmo pequenos – “vendem” a ideia de atendimento full service.

Mas no que consiste uma associação ou aliança entre escritórios? São estruturas associativas que têm como objetivo integrar procedimentos, encurtar distâncias, concentrar esforços em torno de objetivos comuns e dividir problemas, o que possibilita aumentar o número de serviços prestados e incrementar a qualidade de atendimento, ganhando eficiência.

Escritórios de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre, por exemplo, podem constituir uma aliança para partilhar clientes e assim ampliar a zona de atendimento. Diferentes sociedades de uma mesma localidade podem, da mesma forma, partilhar clientes e assim ampliar suas áreas de atendimento, de acordo com as especialidades dos escritórios associados, e que não eram (até então) atendidas antes da aliança.

Sócios de escritórios de diferentes localidades brasileiras podem constituir uma nova sociedade de advogados em novo local ainda não atendido por nenhuma delas – como Brasília, por exemplo – local em que é grande o volume de atendimento de escritórios a outros escritórios em razão dos Tribunais Superiores (serviço de correspondência).

Os formatos jurídicos das alianças e associações podem ser configurados de várias formas: constituição de associações sem fins lucrativos, celebração de contratos de associação entre diferentes escritórios, bem como até a criação de novas sociedades.

Alguns fatores, entretanto, são essenciais para que associação seja eficiente e duradoura. Podemos destacar:
– A similaridade de propósitos dos diferentes aliados;
– A integração de alguns procedimentos de trabalho e de atendimento, conferindo assim coesão e unicidade à aliança;
– Criação de mecanismos eficientes e contínuos de comunicação entre associados.

Sem dúvida alguma, a integração entre escritórios (seja ela regional, nacional ou até internacional) é um mecanismo que cresce cada vez mais na área jurídica, e que certamente será responsável pelo crescimento de pequenas e médias sociedades de advogados.

E o seu escritório, já tem aliados? Boa sorte no networking!

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