Fantasmas da igreja

Supremo investiga supostas irregularidades de bispo-deputado

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18 de outubro de 2007, 19h36

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, determinou a abertura de Inquérito para investigar supostas irregularidades cometidas pelo deputado federal Bispo Gê Tenuta (DEM-SP).

Ele é acusado de contratar parentes de Sonia e Estevam Hernandes, fundadores da Igreja Renascer, como assessores fantasmas em seu gabinete quando era deputado estadual em São Paulo, entre 2003 e 2006. O ministro acolheu pedido do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, para a reautuação da Petição 3.973 como Inquérito.

O caso teve a investigação iniciada pelo ex-deputado estadual Romeu Tuma Júnior, então Corregedor da Assembléia Legislativa de São Paulo. O Ministério Público passou a investigar os fatos quando recebeu a informação por testemunhas de que cinco parentes do casal Hernandes foram contratados pela Assembléia.

Os parentes receberiam vencimentos por serem assessores do Bispo Gê, sem, contudo, trabalharem efetivamente. Segundo notícias de jornal publicadas na época, os funcionários do gabinete afirmaram que não conheciam aquelas pessoas.

Em seu pedido, o procurador-geral disse que, embora a investigação ainda se encontre em sua fase inicial, sem elementos suficientes para afirmar as irregularidades, as informações colhidas pelo MP “contêm indicações precisas de datas, nomes de pessoas e documentos que devem ser analisados para melhor elucidação dos fatos que, se confirmados, podem configurar crime”.

Ao atender ao pedido do procurador e reautuar a Petição, Celso de Mello determinou que os autos fossem enviados para a Polícia Federal por 90 dias para diligências.

INQ 2.639

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