Cartão vermelho

Contrato do Tribunal de Sergipe com a FGV é questionado

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25 de agosto de 2004, 21h13

O contrato para organizar o concurso do Tribunal de Justiça do Sergipe, fechado com a Fundação Getúlio Vargas, será questionado. O presidente da seccional sergipana da Ordem dos Advogados do Brasil, Henri Clay Santos Andrade, encaminhará ofício ao TJ com o pedido de cancelamento.

Segundo Henri Clay, o pedido tornou-se importante, já que a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) contestou a veracidade dos dados e divergências metodológicas do levantamento feito pela FGV no “Diagnóstico do Poder Judiciário”, divulgado no último dia 16 pelo Ministério da Justiça.

Clay acredita que é temerária a manutenção da Fundação Getúlio Vargas como organizadora do concurso do Tribunal de Justiça, tendo em vista a quebra de confiança do Poder Judiciário na empresa.

“O TJ precisa rever esse contrato, já que existe uma declaração expressa do presidente do STJ, ministro Edson Vidigal, de que contratará uma empresa mais confiável para refazer o Diagnóstico”, afirmou.

A Fundação Getúlio Vargas de São Paulo foi contratada pelo Tribunal de Justiça de Sergipe para planejar e organizar o concurso que tem 503 vagas para os cargos de técnico judiciário e analista judiciário. O concurso está com as inscrições abertas até o próximo dia 2.

Esta é a segunda vez que acontece o concurso público do Tribunal de Justiça de Sergipe. O primeiro concurso foi anulado pela Justiça Federal no dia 23 de abril deste ano, depois que a OAB ajuizou Ação Civil Pública apontando irregularidades durante o certame.

Entre elas, a dispensa irregular de licitação para contratação da Fundação Escola Superior do Ministério Público do Estado de Alagoas (que aplicou as provas), clonagem de questões de outros concursos e uso de celulares pelos candidatos durante as provas.

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