Jornalista defende prisão perpétua para padres pedófilos
6 de maio de 2002, 12h24
No momento em que explodem em todo o mundo denúncias contra padres católicos acusados de manterem relações sexuais forçadas com garotos, tudo indica que os hipócritas desse mundo agora não poderão mais tentar tapar o sol com a peneira. Os jornais têm publicado diversas opiniões sobre o assunto, muitas delas tentando diminuir a gravidade do problema. Como a livre manifestação de pensamento é garantida pela Constituição, resolvi fazer minhas considerações também.
Estudei nove anos em colégio dirigido pelos Irmãos Maristas e pude observar que nenhum deles estava interessado em mulheres. Pelo contrário, já naquele tempo víamos que alguns davam tratamento “especial” aos coleguinhas, levando-os para “aulas de reforço”, longe das nossas vistas, muitas vezes em seus próprios aposentos. Todo mundo sabia o que estava acontecendo, mas ninguém tinha coragem de tocar num assunto considerado tabu até entre os adultos.
Algumas décadas e muitos cabelos brancos depois, conversando com indivíduos que conhecem de perto os subterrâneos dessa organização cristã, confirmei minhas suspeitas de que dentro das clausuras, colégios, conventos e seminários católicos convivem lado a lado três grupos bem distintos de homens.
O primeiro é formado por aqueles que entregam suas vidas a Deus, sublimando o sexo sem maiores problemas. Um outro grupo, que não é pequeno, aprecia as fêmeas e não hesita em procurá-las para satisfazer seus instintos. Os que sobram, bem mais da metade, são gays que não têm nenhum medo de dar vazão à própria sexualidade.
O homossexualismo é uma opção consciente de um adulto que sabe o que faz. Não é doença e ninguém deve ser discriminado por isso. Mas a coisa muda quando surgem denúncias de que alguns desses homossexuais estão atacando crianças impunemente, acobertados por seus superiores, contando ainda com a omissão da sociedade, que silencia hipocritamente.
Deixar a Igreja Católica tomar conta desses criminosos é apostar na absolvição dos mesmos. Seus líderes jamais punirão exemplarmente, como deveriam, os criminosos que estão entre eles. Os fatos comprovam minha afirmação. Depois de dezenas e dezenas de denúncias, o que Sua Santidade, mostrando grande preocupação, pediu, foram orações, total apoio e perdão aos “pobres” pecadores. A tolerância zero obviamente foi rejeitada.
Mas quem dá apoio a criminosos coloca-se contra a Lei. E dos rigores da Lei não deve escapar ninguém. Nem mesmo o Santo Padre, que conhece muitíssimo bem as qualidades e os defeitos daqueles que fazem parte do seu rebanho.
Se esses animais podem ser tratados como doentes e são merecedores de perdão, então devemos abrir as portas das cadeias e perdoar também todos os estupradores que lá estiverem. A batina não pode servir de proteção para criminosos. Foi graças a esse precedente que pedófilos confessos, ao invés de serem entregues à justiça comum para serem enjaulados, foram premiados com a transferência para uma nova paróquia, onde estupraram mais crianças, dando continuidade à carreira criminosa. Com o perdão e a devida bênção dos seus superiores que, de maneira super compreensiva, faziam de conta que nada de grave estava acontecendo.
A Justiça não deve ter nenhuma contemplação com esses monstros e seus cúmplices. Os primeiros deverão receber como pena a castração química seguida de prisão perpétua. Seus protetores, muitos anos de prisão. Para que as crianças possam finalmente dormir em paz, longe desses perigosos ministros do altíssimo.
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