Bens liberados

Justiça desbloqueia bens de dirigentes dos Associados

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9 de setembro de 2000, 0h00

Depois de noticiar milhares de casos de bloqueio de bens de personagens na mira da Justiça, os responsáveis pela cadeia jornalística Diários Associados, provaram por cerca de duas semanas as sensações dessa experiência.

Mas na última quarta-feira (6/9), o desembargador Paulo Lara, da 8ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro suspendeu a indisponibilidade dos bens dos membros do Condomínio e das empresas coligadas.

O bloqueio foi mais uma etapa do conflito entre os atuais dirigentes do condomínio empresarial e os herdeiros do criador do grupo, Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo (o “Chatô”), o mais polêmico jornalista brasileiro, magnata da imprensa e criador do Masp, falecido em 1968.

Gilberto Chateaubriand, filho de Chato, acusou os condôminos dos Diários de desviarem recursos da negociação que envolveu a Rádio Clube de Pernambuco. O desembargador Paulo Lara, contudo, entendeu que o Grupo comprovou a correta aplicação do dinheiro.

Paulo Cabral de Araújo, presidente dos Diários Associados, irritado com a acusação afirma que Gilberto “é um notório litigante de má-fé”. Segundo ele, a família Chateaubriand já recebeu “bons dividendos resultantes dos lucros da Rádio Clube de Pernambuco” e nada tem a reclamar.

“Estou certo de que os Associados vencerão mais essa investida para desmoralizar e destruir a obra de seu pai o grande jornalista Assis Chateaubriand. Suas tentativas sempre foram frustradas por reiteradas manifestações judiciais, inclusive do Superior Tribunal de Justiça, em histórico e unânime julgamento”, afirma Cabral.

Gilberto Chateaubriand foi procurado pela revista Consultor Jurídico mas, segundo se informa em sua residência, ele “está viajando”.

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