MP denuncia estudantes da PUC

Estudantes e médico devem responder a processo criminal

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8 de março de 1999, 0h00

O médico e os dois estudantes da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP) que atearam fogo no também estudante Rodrigo Favoretto Cañas Peccini, em agosto de 1998, durante gincana da Faculdade de Medicina, foram denunciados à Justiça na segunda-feira (8/3) e devem responder a processo criminal.

Os estudantes de medicina Marcelo Guimarães Tiezzi e Rodrigo Bornstein Martinelli, e o médico Leandro Martins de Oliveira Pinho, estão sendo acusados pelo Ministério Público por tentativa de homicídio.

O crime ocorreu durante uma gincana universitária chamada “Maratoma”, organizada pelos estudantes da PUC, em Sorocaba (SP). Os alunos que participam da Maratoma têm de percorrer diversas repúblicas estudantis e beber vários tipos de bebidas alcoólicas na paradas. Os que não completam o percurso devido à embriaguez são desclassificados. O vencedor é aquele que percorrer o trajeto maior, mesmo estando embriagado.

Peccini, que cursava o 2º ano da Faculdade, logo foi desclassificado da prova por estar bêbado. Segundo o Ministério Público, Tiezzi e Martinelli, aproveitando-se do estado de embriaguez de Peccini, jogaram álcool no corpo do estudante, enquanto Tiezzi batia as cinzas de seu cigarro em cima de Peccini. Em seguida, o médico Leandro Pinho, mesmo alertado dos riscos pelos estudantes que estavam no local, encostou um isqueiro nas costas do estudante e ateou fogo.

Rodrigo Peccini teve queimaduras em 25% de seu corpo e ainda se encontra em tratamento devido às seqüelas do episódio.

Revista Consultor Jurídico, 8 de março de 1999.

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