Judiciário na telona

Procuradores lança série de filmes sobre a Justiça

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15 de setembro de 2009, 18h46

A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), em parceira com a Conferência Nacional de Cultura (Cult), lança nesta terça-feira (15/9) o projeto cultural O Cinema e a Lei. A mostra tem como mote a exibição de filmes sobre a Justiça, com o objetivo de instigar a reflexão sobre as teorias em diferentes áreas jurídicas. O evento apresentará filmes nacionais e estrangeiros. A abertura é às 20h no Auditório JK, na Procuradoria Geral da República, Brasília (DF).

O documentário Justiça (Brasil/2004, de Maria Augusta Ramos) será o primeiro filme a ser exibido. Após a exibição, haverá debate sobre a temática do documentário com a presença do Presidente da ANPR, Antonio Carlos Bigonha; do Coordenador da 2ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal, Wagner Gonçalves; e da professora da USP Maria Tereza Sadek.

A análise dos filmes, proposta pelo projeto, visa discutir, a partir de fatos verídicos ou ficcionais, como ocorrem os julgamentos e como a Justiça atua. As peças, conhecidas como Filmes de Tribunais, abrem uma possibilidade de debate com a sociedade a respeito da interpretação de juízes, advogados, promotores de Justiça e procuradores da República.

A mostra é gratuita e tem o patrocínio da Caixa Econômica Federal. A série de encontros apresentará, mensalmente, um filme seguido de debate com juristas, diretores e críticos de cinema. Os estudantes de Direito que participarem do projeto receberão, ao final de cada debate, um certificado de atividade extracurricular. A definição dos filmes que serão exibidos nos próximos encontros depende do debate que será feito após a mostra desta terça-feira. Com informações da Assessoria de Imprensa da Associação Nacional dos Procuradores da República.

Sinopse:
Justiça (Brasil/2004, de Maria Augusta Ramos, 110 min.): O documentário de Maria Augusta Ramos pousa a câmera onde muitos brasileiros jamais puseram os pés —uma vara do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. O documentário acompanha o cotidiano de alguns personagens, como as pessoas que trabalham ali diariamente (defensores públicos, juízes e promotores de Justiça) e os que estão de passagem (réus). A câmera é utilizada como um instrumento que enxerga o teatro social, as estruturas de poder — ou seja, aquilo que, em geral, nos é invisível. O desenho da sala, os corredores do fórum, a disposição das pessoas, o discurso, os códigos, as posturas — todos os detalhes visuais e sonoros ganham relevância. O espaço, as pessoas e sua organização são registrados de maneira sóbria. Maria Augusta Ramos observa um universo institucional extremamente fechado e que raras vezes é tratado pelo cinema ficcional brasileiro.

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