União de esforços

OAB e CNBB se unem contra corrupção eleitoral na Bahia

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14 de maio de 2004, 15h28

A Campanha Nacional de Combate à Corrupção Eleitoral para as eleições municipais de outubro, lançada no mês passado no Conselho Federal da OAB, foi tema de encontro entre o presidente da seccional baiana da entidade, Dinailton Nascimento de Oliveira, e o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal dom Geraldo Majella, na Arquidiocese de Salvador.

O objetivo do movimento é conscientizar a população para que combata e denuncie conduta irregular de candidatos e partidos durante o processo eleitoral. Para a garantia do cumprimento da lei eleitoral, Dinailton Oliveira propôs a dom Geraldo Majella a parceria em algumas ações que a OAB está planejando.

Um exemplo são os cursos sobre crimes eleitorais, onde os participantes aprenderão como fiscalizar e como proceder diante da identificação de casos de irregularidade. A proposta da OAB da Bahia é de que a igreja disponibilize sua infra-estrutura para que os cursos possam ser oferecidos na capital e em todo o interior do Estado, uma vez que a Ordem só dispõe de infra-estrutura em 31 subseções.

A população contará também com um número de telefone, com sistema de ligação gratuita (0800 284 8910), para fazer denúncias e uma cartilha de orientação. A OAB disponibilizará em seu site (www.oab-ba.org.br) modelos de representação, para que o cidadão possa ter a orientação para ingressar na Justiça contra maus políticos.

“O candidato não imbuído de espírito público e que visa defender apenas seus interesses pessoais vai usar de todo o expediente possível para chegar ao cargo. Não acredito que uma pessoa gaste uma fortuna em uma campanha eleitoral, para depois, ir trabalhar em benefício da coletividade, por uma remuneração que não chega a um centésimo do que gastou”, afirmou Dinailton.

Dom Geraldo Majella disse acreditar que o papel mais importante da campanha é fazer chegar à população informações sobre a conduta dos candidatos e se eles estão realmente comprometidos em trabalhar diretamente para o povo e não para um pequeno grupo ou em benefício próprio. “Nós já temos uma história de parceira com a OAB em campanhas memoráveis. Não só com a OAB, mas com todos aqueles que querem trabalhar e tornar-se uma expressão de consciência da nossa gente, sobretudo dos mais humildes, dos mais sacrificados”. (OAB)

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