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Bolsonaro nomeia Rolando de Souza como novo diretor-geral da PF

4 de maio de 2020, 10h18

Por Redação ConJur

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O presidente Jair Bolsonaro nomeou Rolando Alexandre de Souza para exercer o cargo de diretor-geral da Polícia Federal. A nomeação foi oficializada em edição extra do Diário Oficial da União nesta segunda-feira (4/5).

Em abril, Bolsonaro tinha indicado Alexandre Ramagem para o cargo. Porém, a nomeação foi suspensa pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, porque a indicação poderia ter afrontado os princípios de impessoalidade, moralidade e interesse público.

Ao suspender a nomeação, Moraes levou em consideração a recente decisão do ministro Celso de Mello, que autorizou inquérito para investigar o ex-ministro da Justiça Sergio Moro e o presidente Jair Bolsonaro. Ao anunciar sua demissão do MJ, Moro fez uma série de declarações sobre a interferência política na PF.

Segundo Moraes, as alegações foram confirmadas no mesmo dia por Bolsonaro que, em entrevista coletiva, afirmou que "por não possuir informações da Polícia Federal, precisaria 'todo dia ter um relatório do que aconteceu, em especial nas últimas vinte e quatro horas'".

Tais acontecimentos, disse Moraes, devem ser olhados em conjunto com o fato de que "a Polícia Federal não é órgão de inteligência da Presidência da República".