Depois de manifestação do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, nesta terça-feira (23/10), o Exército informou à imprensa que o comandante da Força, general Eduardo Villas Bôas, pediu ao Ministério Público Militar que investigue o vídeo no qual o coronel Carlos Alves, militar da reserva, teceu diversas ofensas a integrantes do Supremo.
“O referido militar afronta diversas autoridades e deve assumir as responsabilidades por suas declarações, as quais não representam o pensamento do Exército Brasileiro. O general Villas Bôas, Comandante do Exército, é a autoridade responsável por expressar o posicionamento da Força”, disse o texto.
“Cabe ressaltar, ainda, que o Comandante do Exército, por intermédio de seu Gabinete, encaminhou uma representação ao Ministério Público Militar solicitando que fosse investigado o cometimento de possível ilegalidade”, concluiu o Comando do Exército Brasileiro.
A 2ª Turma do STF também decidiu pedir à Procuradoria-Geral da República que investigue a gravação. O decano do tribunal, ministro Celso de Mello, chamou o vídeo do coronel Carlos Alves de "imundo, sórdido e repugnante".
No vídeo, a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, que também atua no STF, é chamada de “salafrária”, “corrupta” e “incompetente”. O coronel diz que, se Rosa impedir que Jair Bolsonaro (PSL) tome posse como presidente por causa de crimes eleitorais, ele fechará o Supremo. Bolsonaro é réu em uma ação de investigação ajuizada pelo PT no Tribunal Superior Eleitoral. A acusação é de caixa 2 e financiamento empresarial ilegal por causa um esquema de disparo em massa de milhões de mensagens pelo WhatsApp divulgado em reportagem do jornal Folha de S.Paulo.