O ex-tesoureiro do PP João Claudio Genu e mais três investigados na operação "lava jato" passaram à condição de réus nesta terça-feira (28/6). O juiz federal Sergio Moro aceitou a denúncia contra eles, apresentada pelo Ministério Público Federal.
De acordo com a denúncia, Genu, como ex-assessor do ex-deputado federal José Janene, morto em 2010, era um dos beneficiários e articuladores do esquema de desvio de recursos da Petrobras, recebendo um percentual fixo da propina destinada ao PP. O ex-tesoureiro já está preso na sede da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba devido às acusações.
Genu é acusado de receber R$ 6 milhões em propina desviada de contratos da estatal. Segundo as investigações, ele ganhava 5% das propinas acertadas na Diretoria de Abastecimento da Petrobras, na época dos fatos comandada por Paulo Roberto Costa, um dos delatores do esquema de corrupção na empresa.
Na decisão, Moro destacou que “há provas decorrentes de depoimentos de criminosos colaboradores, além de mensagens eletrônicas que indicam a cobrança e o pagamento da vantagem indevida”.
A denúncia foi apresentada na semana passada pela força-tarefa de procuradores que atuam na "lava jato". Na ocasião, o PP reiterou que "não compactua com atos ilícitos e acredita no trabalho da Justiça para esclarecer os fatos”. Com informações da Agência Brasil.