Necessidade do concursando

Livros para concursos têm de ser simples e didáticos

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3 de maio de 2009, 8h52

Escrever um livro direcionado para quem está estudando para fazer concurso público não é das tarefas mais simples. Até mesmo um acadêmico renomado pode meter os pés pelas mãos ao tentar se aventurar na área. A constatação é do editor Vauledir Ribeiro, da editora Método. Ele explica que a pessoa que se prepara para prestar um concurso público não está em um momento de discutir tese. Os livros têm de ser, antes de qualquer coisa, simples e didáticos.

“Tem de ter em mente a necessidade do consumidor”, diz o editor. A pessoa que presta concurso precisa de boa preparação e o que não é importante para a aprovação na prova acaba sendo descartado, por mais interessante que possa ser. Ribeiro conta que os escritores enfrentam o desafio de escrever sobre temas que, às vezes, são alheios ao público. Os concursos para carreiras públicas de nível superior exigem conhecimentos em áreas, que nem sempre, são as dos candidatos.

Segundo Vauledir Ribeiro, o autor tem de escrever de forma simples para que o leitor aprenda ao ler o livro. Escrever de modo rebuscado, diz, não traz retorno. O editor conta que costuma receber propostas de autores que não têm perfil e linguagem apropriada para esse meio. As obras têm de facilitar a vida dos concursandos, diz.

Ribeiro explica que o sucesso em concurso público exige dos concursandos, além de disciplina e método, bastante conhecimento. “Não existe aprovado em concursos mais concorridos que não tenha lido bons livros.” Aí está o trabalho do autor do livro: ele tem de fornecer o melhor conteúdo da melhor forma.

Os temas mais importantes nos concursos em geral, diz, são Direitos Administrativo, Constitucional e Tributário. Dependendo da função, além de Direito Público, também se exige informática, raciocínio lógico e Direito Civil.

Para Ribeiro, não existem fórmulas prontas de “estude mais isso que aquilo”. Há, explica, uma seleção do que é mais importante, o que também muda de concurso para concurso. Os chamados macetes complementam. Dicas como começar a prova respondendo questões mais fáceis, estudar mais de uma matéria por dia e memorização de palavras chaves ajudam. “Mas não adianta dicas se não houver estudo, disciplina, metodologia.”

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