Apesar da aridez do clima, Brasília sempre foi um terreno fértil para o rock. As décadas passam, e a capital federal continua exibindo uma incrível vitalidade nesse gênero, como comprova a banda Segundo Tempo, formada por um advogado, três médicos e três engenheiros de redes.
Banda Segundo Tempo é formada por um advogado, três médicos e três engenheiros
O advogado Daniel Corrêa Szelbracikowski, o Xexéu (voz e guitarra), conta que o nome da banda é uma referência à rotina corrida dos seus integrantes.
“Ele (o nome da banda) tem duas razões. Primeiro é porque o grupo é o segundo tempo de cada um. O primeiro tempo é dedicado às nossas profissões. É literalmente o ‘lado b’. Por outro prisma, o segundo tempo também significa a nossa segunda chance.”
A música é uma paixão antiga de Xexéu. Ele montou sua primeira banda quando ainda estava no Colégio Militar. E essa atividade ocupou a maior parte de seu tempo até o primeiro ano da faculdade, quando o Direito assumiu o controle.
Foi quando cada um dos integrantes decidiu cuidar da sua vida e a banda teve suas atividades suspensas. “Não diria que larguei a música, mas ela ficou de lado. Mas, passados alguns anos, nós nos reunimos, já formados. Hoje, dos seis integrantes da banda, quatro são da época da escola.”
Remanescentes da banda Spunkados, que integrou a cena musical de Brasília entre 1999 e 2005, Xexéu; Thomaz Monclaro (trombonista); Ewandro Moura (guitarra e backing vocals); e Antonio Villarins (baixista) contam agora com Lucas Macedo (baterista) e Henrique Lima (saxofonista) no grupo.
O trabalho do Segundo Tempo pode ser classificado como um pop rock ensolarado na medida certa. Mesmo uma canção como “O Fim”, que narra o término de um relacionamento, tem contornos agridoces graças a riffs cheios de energia e o uso estratégico dos metais.
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