OAB-RJ lança pesquisa inédita sobre violência contra advogadas
27 de junho de 2025, 17h52
A seccional do Rio de Janeiro da Ordem dos Advogados do Brasil lançou uma pesquisa para tratar da violência sofrida por mulheres advogadas, tanto no ambiente familiar quanto no exercício profissional.

Pesquisa da OAB-RJ visa mapear violência contra mulheres advogadas
Intitulado “Ser advogada não me salva”, o levantamento é o primeiro a ser feito por uma seccional da Ordem e visa fortalecer mecanismos de acolhimento e suporte às vítimas, além de contribuir para a formulação de políticas públicas. As respostas podem ser enviadas até 18 de julho.
A pesquisa é feita por meio de um questionário direcionado a todas as advogadas inscritas na Ordem que atuam no estado do Rio de Janeiro. Protegidas por sigilo absoluto, as respostas ao questionário vão permitir à Ouvidoria da Mulher da OAB-RJ compreender a realidade das advogadas que enfrentam violência — seja física, psicológica, moral ou patrimonial — em diversos contextos: desde os espaços privados até ambientes profissionais como fóruns, delegacias, escritórios de advocacia, documentos processuais e até mesmo no ambiente virtual.
“A Ouvidoria é a ligação da OAB-RJ com os problemas que a sociedade enfrenta e, nesse caso, com as questões que atingem as mulheres. É a partir do recebimento dessas informações que nós podemos cobrar soluções efetivas perante os órgãos competentes. Nosso estado, infelizmente, ainda é o segundo colocado do país em violência contra a mulher. Precisamos obter prioridade de políticas públicas contra essa chaga”, afirmou a presidente da seccional, Ana Tereza Basilio.
Participação geral
Todas as advogadas do Rio de Janeiro podem participar da pesquisa, independentemente de terem sido vítimas. Caso a participante nunca tenha sofrido violência, o questionário será encerrado automaticamente após as primeiras respostas. As informações coletadas serão utilizadas exclusivamente para embasar ações institucionais e melhorar os mecanismos de suporte dentro e fora da Ordem.
Segundo a ouvidora Andréa Tinoco, o levantamento busca não apenas dimensionar o problema com precisão, mas, principalmente, criar subsídios para políticas públicas mais eficazes de proteção às advogadas.
“Muitas mulheres na advocacia enfrentam agressões sem o devido reconhecimento. Com esse questionário, queremos transformar essa realidade, oferecer suporte efetivo e garantir um ambiente mais seguro e respeitoso para todas”, declarou. Com informações da assessoria de imprensa da OAB-RJ.
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