American Bar Association pede apoio de advogados contra ataques de Trump
2 de junho de 2025, 11h57
O presidente da American Bar Association, William R. Bay, manifestou-se nas redes sociais da instituição sobre os ataques recentes de Donald Trump contra a associação. A ABA, que funciona como a ordem dos advogados dos Estados Unidos, está sendo atacada por Trump sob as falsas acusações de apoiar causas progressistas e de ter movido uma ação contra o Executivo.

American Bar Association pediu apoio contra as retaliações de Trump
As acusações, que fazem parte de um contexto maior de ataques de Trump à advocacia, estão em um memorando feito pelo vice-procurador-geral do Departamento de Justiça (DOJ), Todd Blanche, distribuído a todos os procuradores federais do país. O documento propõe o rompimento de relações do DOJ com a ABA.
Em seu comunicado, Bay fez um apelo para que os advogados e profissionais do sistema judiciário se posicionem a favor da entidade. “Juntos, somos mais fortes. A luta para preservar a nossa democracia é muito importante para permanecermos em silêncio.”
As acusações do DOJ se referem a um pedido que a ABA protocolou para ingressar como amicus curiae em uma ação que tem como partes instituições ligadas à U.S. Agency for International Development (USAID). Essas instituições questionaram na Justiça Federal o congelamento de fundos para assistência a outros países. A agência presta serviços, por exemplo, de ajuda humanitária a nações que estão em situação vulnerável.
Bay também já havia criticado algumas ações do governo Trump, como ameaçar juízes de impeachment, atacar escritórios de advocacia que contratam profissionais odiados pelo presidente ou que representam clientes que são adversários do governo, além da perseguição a procuradores federais.
“Tais ações interferem na atuação justa e imparcial das cortes, violam os direitos constitucionais do cidadão a um advogado, ao devido processo e à liberdade de expressão”, disse Bay na ocasião.
A ABA também declarou que se opõe às ordens executivas de Trump que demandam investigações de programas de diversidade e inclusão, principalmente os adotados por suas seccionais. Para a associação, as investigações violam a Primeira Emenda da Constituição, que garante a liberdade de expressão e de associação.
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