Juiz condena CBF a indenizar em R$ 60 mil ex-diretora por assédio
30 de setembro de 2024, 18h52
O juiz Leonardo Almeida Cavalcanti, do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (RJ), condenou a Confederação Brasileira de Futebol a indenizar em R$ 60 mil a ex-diretora Luísa Xavier Rosa, que processou a entidade por assédio moral e sexual.
A autora da ação, porém, havia pedido reparação de R$ 1,8 milhão e vai recorrer do valor fixado pelo julgador. A informação é do jornal Folha de S.Paulo.
No processo, Luísa Rosa, que foi a primeira mulher a ocupar um cargo de diretora na CBF, alegou ter tido suas funções esvaziadas enquanto trabalhou na entidade, o que a levou a um quadro de depressão. Segundo ela, o presidente da confederação, Ednaldo Rodrigues, a desautorizou na contratação de empresas para obras.
A ex-diretora também relatou episódios de assédio sexual e disse que ouviu comentários misóginos e constrangedores, alguns envolvendo a contratação de garotas de programa para convidados da entidade. O assédio, segundo Luísa, era de conhecimento geral na CBF e praticado por vários integrantes da cúpula da entidade.
A sentença
Ao decidir pela indenização, o juiz Leonardo Cavalcanti reconheceu que a ex-diretora sofreu “abalo psíquico”. Ele determinou ainda que a CBF pague diferenças salariais à autora da ação. Em nota, a entidade disse que recorreu da sentença e que os autos do processo mostram que a autora não sofreu qualquer tipo de assédio.
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