Justiça do Rio condena réu por destruir carro usado no atentado contra Marielle
2 de outubro de 2024, 20h58
A 37ª Vara Criminal do Rio de Janeiro condenou Edilson Barbosa dos Santos, conhecido como Orelha, a cinco anos de prisão por ter interferido nas investigações sobre o atentado que provocou as mortes da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018.

A vereadora Marielle Franco foi assassinada em março de 2018, no Rio
Orelha foi denunciado por ter sido o responsável pela destruição do carro utilizado no crime, a pedido do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, também envolvido no atentado. O veículo foi levado para um desmanche no Morro da Pedreira, na Zona Norte do Rio.
Na decisão, o juiz negou o pedido de absolvição feito pela defesa de Orelha com o argumento de que há provas suficientes de que ele praticou o crime.
“Muito embora sustente a defesa a absolvição do acusado por insuficiência probatória, as provas produzidas durante a instrução processual comprovaram a dinâmica da destruição do carro, embaraçando a investigação dos homicídios e da tentativa de homicídio que envolviam organização criminosa, e a autoria do réu. Os depoimentos coerentes e harmônicos entre si e a sequência lógica temporal das circunstâncias em que eles ocorreram, assim como as provas documentais (comprovantes de OCR, de ERB e prints de conversas), levam ao juízo de certeza necessário para um decreto condenatório.”
O julgador decidiu que Orelha deverá começar a cumprir pena no regime semiaberto. Com informações da assessoria de imprensa do TJ-RJ.
Processo 0910917-45.2023.8.19.0001
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