GRANDES TEMAS, GRANDES NOMES DO DIREITO

Aumento de alíquota para shoppings prejudicará consumidor, segundo Vander Giordano

 

26 de agosto de 2024, 14h50

A expectativa de aumento da carga de impostos sobre os shopping centers, resultado da reforma tributária, é motivo de grande preocupação para o setor imobiliário e, caso ela se confirme, quem acabará pagando a conta junto com os administradores será o consumidor.

Para Giordano, setor espera judicialização de debates sobre a reforma

Essa avaliação é do vice-presidente institucional da administradora de shoppings Multiplan, Vander Aloísio Giordano. Ele tratou do assunto em entrevista à série Grandes Temas, Grandes Nomes do Direito. Nela, a revista eletrônica Consultor Jurídico conversa com alguns dos nomes mais importantes do Direito sobre os assuntos mais relevantes da atualidade.

Segundo Giordano, o setor espera que a alíquota incidente sobre os shoppings salte dos atuais 8% para algo em torno de 27% — diferença muito grande e preocupante, de acordo com o executivo.

“Vamos lembrar que há uma dificuldade de se creditar e de repassar esse valor, que certamente vai bater no consumidor. E eu entendo que não é esse o mote da reforma. O próprio governo vem dizendo que o mais importante é a simplificação e está batendo o pé que não haverá aumento da carga tributária. Esse é um ponto a ver.”

Simplificar ou judicializar

Para o executivo, além de ser uma promessa do governo, a simplificação do sistema tributário nacional é, antes de tudo, um desejo dos empreendedores e dos profissionais do Direito – que, por enquanto, continuam preocupados com os impactos da mudança, apesar da boa interlocução mantida com a equipe responsável pela reforma. Por fim, ele afirmou que as prováveis discordâncias entre governo e empresariado terão desdobramentos nos tribunais.

“As questões de creditamento e vigência, e toda a estrutura que está se construindo, são muito novas. Então, haverá ainda muitos debates, e acredito que isso terá um impacto no Judiciário. Haverá ainda muita judicialização, pelo modelo que está sendo construído, pelas dúvidas e por ser algo disruptivo em relação ao modelo que temos atualmente.”

Clique aqui para assistir à entrevista ou veja abaixo:

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