Violência no DF

Ibaneis Rocha diz à PF que Exército barrou desmonte a acampamentos bolsonaristas

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14 de janeiro de 2023, 12h15

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O governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), disse em depoimento à Polícia Federal na sexta-feira (13/1) que o Exército impediu que as forças de segurança de Brasília desmontassem o acampamento golpista em frente a quartéis-generais. 

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Ibaneis foi afastado do cargo pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo
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Ibaneis afirmou que enviou equipes para o local, mas foi impedido pelo Comando Militar do Planalto de realizar os trabalhos para retirar os manifestantes bolsonaristas. 

O político também afirmou que só soube da viagem de Anderson Torres, então secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, aos Estados Unidos, no dia 7 de janeiro, véspera dos atos terroristas que levaram à invasão do Supremo Tribunal Federal, do Congresso e do Palácio do Planalto. 

O governador afastado disse que foi informado de que os atos estavam transcorrendo dentro da normalidade, sugerindo que não houve omissão de sua parte. 

De acordo com ele, houve "sabotagem" por parte das forças de segurança do DF, a ele subordinadas. O governador também disse que ficou surpreso com a "falta de resistência" dos policiais e se revoltou "quando viu cenas de alguns PMS confraternizando" com manifestantes. 

Ibaneis foi afastado do cargo de governador do DF pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, depois dos atos de vandalismo de 8 de janeiro. A decisão foi referendada pelo plenário virtual da corte. 

Terrorismo em Brasília
Um grupo de manifestantes bolsonaristas invadiu na tarde do último domingo o prédio do Supremo Tribunal Federal, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto e promoveu um quebra-quebra nos locais.

O plenário do STF foi destruído pelos terroristas, que não se conformam com a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais de 2022 e pedem um golpe militar no Brasil.

Depois da invasão ao Congresso, os manifestantes avançaram para a Praça dos Três Poderes, onde houve confronto. A Polícia Militar utilizou bombas de efeito moral e balas de borracha contra os manifestantes terroristas, que revidaram com rojões.

O presidente Lula decretou intervenção na segurança pública do DF por causa dos atos não reprimidos em Brasília. O decreto foi lido por ele em um pronunciamento em que condenou a atuação dos vândalos.

Clique aqui para ler o depoimento de Ibaneis à PF

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