PF diz que não há provas contra Renan e Jader Barbalho no caso da Transpetro
10 de janeiro de 2023, 21h21
A Polícia Federal concluiu que as acusações do ex-presidente da Transpetro Ségio Machado contra o senador Renan Calheiros (MDB) e o ex-senador Jader Barbalho não foram comprovadas.
O relatório do inquérito, documento de 175 páginas, afirma que não foram encontradas provas do suposto pagamento de propina aos parlamentares e que nenhum dos colaboradores da investigação originada da finada "lava jato" pode validar suas versões.
Em sua delação, Machado afirmou que, entre 2004 e 2014, repassou R$ 32 milhões a Renan Calheiros e R$ 4,25 milhões a Jader Barbalho. A PF, contudo, analisou as movimentações financeiras dos parlamentares e não encontrou indícios que comprovassem a acusação.
"Em que pese a existência de versões convergentes dos colaboradores de que os pagamentos espúrios solicitados por Sérgio Machado tinham como destinatários, dente outros políticos, os senadores Jader Barbalho e Renan Calheiros, não se chegou a um liame direto de sua participação na cadeia de pagamentos espúrios", diz trecho do documento da PF, assinado pela responsável pelo inquérito, a delegada Lorena Lima Nascimento.
O advogado Luís Henrique Machado, que representa Renan Calheiros, exaltou o trabalho da Polícia Federal.
"Depois de extensa e profunda investigação, a Polícia Federal concluiu que não havia qualquer participação do senador Renan em relação aos fatos investigados. Resta evidente que as delações de Sérgio Machado se revelam frágeis, dúbias e não gozam de qualquer credibilidade. A defesa, agora, aguarda a manifestação do Ministério Público, no mesmo sentido do relatório conclusivo da Polícia Federal, para que se possa, com a homologação do Poder Judiciário, arquivar o processo investigativo", afirmou o advogado.
Clique aqui para ler o relatório da PF
Inq 4.833
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