brincou com fogo

Governo do DF promete providências contra golpistas, mas é alvo de críticas

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8 de janeiro de 2023, 16h46

Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública no governo de Jair Bolsonaro, Anderson Torres disse no Twitter que os atos de invasão de prédios públicos por golpistas são "lamentáveis" e prometeu "providências imediatas para o restabelecimento da ordem".

ConJur
Golpistas invadiram sedes dos três
Poderes na tarde deste domingo (8/1)
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Ele, porém, foi alvo de muitas críticas por causa dos incidentes deste domingo (8/1). Horas depois dos distúrbios, acabou exonerado do cargo pelo governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB).

No Twitter, Ibaneis afirmou que colocou todo o efetivo das forças de segurança nas ruas, com determinação de prender e punir os responsáveis e que solicitou o apoio do governo federal.

Após um fim de semana de intensa chegada de ônibus com manifestantes ao DF, uma horda deles furou o bloqueio da Polícia Militar montado na Esplanada dos Ministérios e avançou para invadir e depredar a sede de cada um dos três Poderes da República na capital federal.

Primeiro, invadiram o Congresso Nacional, onde quebraram vidraças, ocuparam o prédio e destruíram estruturas. Na sequência, o alvo foi o Supremo Tribunal Federal, que teve o plenário vandalizado. Por fim, conseguiram entrar no Palácio do Planalto, local de trabalho do presidente da República.

A pergunta que fica no ar é: por que essa movimentação não foi contida antes de culminar nas cenas de ameaça ao Estado democrático de Direito em Brasília?.

A alguns metros do centro de ação dos golpistas, o ministro da Justiça e Segurança Pública do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Flávio Dino, escreveu no Twitter que "a absurda tentativa de impor a vontade pela força não vai prevalecer" e informou que o governo do DF prometeu reforços.

No entanto, os esforços do governo distrital (ou a falta deles) foram contestados por outros atores políticos. Líder do governo Lula no Congresso, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) anunciou que vai representar ao Procurador-Geral da República, Augusto Aras, um pedido de intervenção na segurança pública do DF.

A ideia é protocolar dois pedidos ao ministro Alexandre de Moraes, do STF: a prorrogação dos inquéritos que investigam atos antidemocráticos em tramitação na corte e a retirada de Anderson Torres do cargo de secretário de Segurança Pública do DF.

Presidente do PT, Gleisi Hoffman classificou o governo do DF como irresponsável. "É um crime anunciado contra a democracia, contra a vontade das urnas e por outros interesses. Governador e seu secretário de segurança, bolsonarista, são responsáveis pelo que acontecer."

Presidente do Senado, o Rodrigo Pacheco (PSD-MG) afirmou no Twitter que conversou com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e foi informado de que todos os esforços estavam sendo concentrados para direcionar o aparato policial em busca de controlar a situação caótica vivida em Brasília neste domingo.

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