Responsabilidade social

Novo presidente do TJ-RJ quer 'choque de gestão' e investimento em tecnologia

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3 de fevereiro de 2023, 20h28

Ao tomar posse como presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro nesta sexta-feira (3/2), o desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo afirmou que sua gestão buscará aprimorar a governança institucional, administrativa e tecnológica da corte. Com isso, busca promover um "choque de gestão" e tornar o TJ-RJ cada vez mais digital.

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Ricardo Rodrigues Cardozo tomou
posse como novo presidente do TJ-RJ
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Em seu discurso de posse, o magistrado disse que, com relação à governança institucional, o TJ-RJ manterá diálogo republicano com instituições e autoridades e defenderá a independência do Judiciários e de seus membros.

Ele deixou claro que ouvirá as demandas de juízes, mas que não será "complacente com a omissão, com o descaso, com a falta de urbanidade, porque não fazemos favor em trabalhar. Somos pagos para servir à sociedade com uma prestação jurisdicional eficiente e célere".

O segundo eixo do mandato de Cardozo será a governança administrativa, de forma a modernizar o TJ-RJ. O projeto, que será submetido ao Órgão Especial, cria alguns setores. Um deles é a Secretaria-Geral de Governança, Planejamento e Compliance, com o fim de orientar e propor práticas modernas de governança, com a observação dos conceitos de compliance. Nela estará inserido o Ideiario, laboratório de inovação que visa a pensar em projetos para o tribunal.

Outro órgão novo é a Secretaria-Geral de Responsabilidade Social e Sustentabilidade. "O Poder Judiciário não pode ficar alheio ao que se passa na sociedade moderna. Com a pandemia as desigualdades ficaram mais evidentes. Penso ser hora de definitivamente consolidar programas que indiquem a preocupação do tribunal com ações de natureza social, que favoreçam a inclusão e a acessibilidade, que indiquem nossa preocupação com uma sociedade sustentável", explicou Cardozo.

A terceira pasta é a Secretaria-Geral de Administração. O seu papel será apoiar os órgãos colegiados permanentes e transitórios e divulgar o conhecimento produzido pelo Judiciário. Esse órgão receberá algumas unidades administrativas da Presidência do TJ-RJ, para que ela fique mais concentrada em questões relevantes de natureza institucional. A nova secretaria também terá o objetivo de desburocratizar o processo de trabalho.

O TJ-RJ não tem um órgão de comunicação interna. A divulgação de projetos e campanhas é feita por cada órgão, sem coordenação ou preparo. Para aprimorar esse processo, será criado o Departamento de Comunicação Interna, com o objetivo de produzir material destinado à informação e circulação interna e na mídia eletrônica.

Com isso, a Assessoria Especial de Imprensa terá a função de orientação, esclarecimento e divulgação dos fatos e notícias que afetam a atividade judiciária, estabelecendo uma ligação com a imprensa em geral.

"A ideia é dar um choque de gestão. Precisamos de uma administração mais ágil, eficiente, moderna e resolutiva. A remodelagem proposta vem neste sentido", destacou o novo presidente do tribunal.

Já o terceiro eixo de seu mandato será a governança tecnológica. "Estamos em plena era de migração de uma cultura analógica para digital. O Judiciário deve caminhar firme e célere de modo a alcançar uma governança totalmente digital. A tecnologia é fundamental. É nosso foco o investimento maciço em capacitação tecnológica. Vamos explorar os ecossistemas e plataformas digitais", afirmou Cardozo.

Ele deseja que a área de Tecnologia da Informação do TJ-RJ se reorganize em consideração ao grande volume de dados hoje disponíveis, tornando a informação acessível a magistrados, servidores e a população em geral.

O desembargador também quer "colocar a inteligência artificial a serviço do magistrado e dos serviços do tribunal".

"Com a computação em nuvem iremos otimizar a prestação dos nossos serviços, pois ganharemos mais escalabilidade operacional com um custo menor. Pensamos, também, que o tribunal deve desenvolver sistemas de mineração de dados, o que nos ajudará a implantar modelos e planos de fornecimento de serviço com previsões de demandas, bem como nos permitirá detectar problemas mais cedo."

Cardozo disse que serão seis os pilares para balizamento da gestão tecnológica: inteligência artificial; hardware; software; pessoal qualificado; atenção ao big data; e atenção à mineração de dados.

Nova gestão
Também tomaram posse nesta sexta os demais integrantes da nova gestão: o corregedor-geral da Justiça, desembargador Marcus Henrique Pinto Basílio; os novos 1º, 2º e 3º vice-presidentes, respectivamente, desembargadores Caetano Ernesto da Fonseca Costa, Suely Lopes Magalhães e José Carlos Maldonado de Carvalho; e o diretor-geral da Escola da Magistratura do Rio de Janeiro, desembargador Marco Aurélio Bezerra de Melo.    

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