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Associações de advogados divulgam cartas em defesa da democracia brasileira

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27 de setembro de 2022, 21h11

Nesta terça-feira (27/9), a cinco dias do primeiro turno das eleições para presidente da República, governadores, senadores e deputados federais e estaduais, associações de operadores do Direito lançaram manifestos em defesa da democracia brasileira.

Um grupo de advogados de Goiás lançou a "Carta da Advocacia Goiana pela Democracia". O documento advoga pelo respeito ao resultado das eleições, aos três poderes da República e aos direitos humanos.

Em agosto, foi lida em São Paulo carta
em defesa da democracia brasileira
ConJur

"O evento é suprapartidário e tem o objetivo de expor as pautas que parcela da advocacia entende como imprescindíveis para a manutenção do Estado democrático de Direito", explica o advogado criminal Pedro Paulo de Medeiros, idealizador do ato. O documento é subscrito por advogados e professores de Direito.

A Federação Nacional dos Advogados também divulgou carta em defesa da democracia. O documento afirma que é dever de todos defender os postulados constitucionais, a ordem jurídica do Estado democrático de Direito, os direitos humanos e a justiça social, a teor do que dispõe expressamente o artigo 44, I, do Estatuto da Advocacia (Lei nº 8.906/94). 

"Quem não esteja alinhado com esse ideário não merece apoio e, muito menos, o nosso precioso voto", diz trecho do documento (clique aqui para ler na íntegra).

Em 11 de agosto, foi lida no Largo São Francisco, em São Paulo, a "Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em defesa do Estado democrático de Direito". O documento, assinado por mais de um milhão de pessoas, manifestou-se a favor do sistema eleitoral, das urnas eletrônicas e de outros pilares da democracia brasileira. Também foi lida naquele momento uma carta de teor semelhante elaborada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Economistas
A eleição levou profissionais de outras áreas a também se posicionarem. Um grupo de economistas divulgou carta defendendo o voto útil no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Eles destacaram que não concordam com políticas das gestões do petista na Presidência, mas enxergam em Lula a única liderança capaz de derrotar um atraso maior, representado pelo governo de Jair Bolsonaro (PL). 

"Em que pesem sérias discordâncias a respeito de políticas implementadas no passado por governos do PT, reconhecemos no ex-presidente Lula a única liderança capaz de derrotar o atraso maior representado pelo atual governo. Viabilizar a sua vitória em primeiro turno nos parece a resposta mais contundente, segura e efetiva de proteção à democracia no de proteção à democracia no Brasil, aumentando, assim, o compromisso do futuro governo com políticas que unifiquem o país. Votamos em Lula em prol da união de um amplo espectro de forças políticas em defesa da democracia, na esperança de que possamos ter um governo para todas e todos os brasileiros", diz trecho da carta. 

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